TATIANA MOURA Novíssimas guerras, novíssimas pazes. Desafios conceptuais e políticos Este texto pretende dar conta da emergência de um novo tipo de violência armada organizada (novíssimas guerras), que ocorre a uma escala cada vez mais micro mas se manifesta, tal como as novas guerras, a nível global. São duas as finalidades desta conceptualização: por um lado, tornar visíveis e "reais" contextos que têm sido considerados marginais, e que podem constituir o prelúdio de uma conflitualidade (ainda) mais disseminada no futuro; por outro lado, lançar o desafio de pensar e encontrar novos caminhos que respondam às inseguranças provocadas por este tipo de novíssima guerra.
Invisibilidades da guerra e da paz: Violências contra as mulheres na Guiné-Bissau, em Moçambique e em Angola O facto de serem homens os que mais matam e morrem em tempo de guerra declarada tem determinado a invisibilidade e negligência de outros actores envolvidos nestes contextos. as mulheres, em concreto, têm sido o ausente social por excelência nas análises sobre conflitos armados e nas políticas de reconstrução pós-conflito através de uma abordagem que privilegia a análise de continuuns de violência(s) para além de cenários considerados como guerra oficial, e tendo por base os contextos angolano, guineense e moçambicano, pretende-se demonstrar a proximidade entre zonas de guerra e zonas de paz, nomeadamente no que diz respeito à existência de inseguranças que não são consideradas relevantes no desenho e implementação de políticas levadas a cabo no pós-guerra. Pretende-se, em particular, analisar as formas de violência exercidas contra mulheres nestes contextos. Palavras-chave: violência contra mulheres, insegurança em tempo de paz, estratégias de resposta à violência
Resumo: A colaboração entre autores para a produção científica é maior nas ciências naturais e exatas do que nas ciências humanas. Mas esse cenário tem sofrido alterações e é crescente o número de artigos com mais de um autor nas ciências humanas. Não só o número de coautoria tem aumentado, mas também o interesse sobre esse fenômeno. As pesquisas sobre as redes de produção buscam identificar características de colaboração em determinadas disciplinas e/ou instituições. Neste trabalho, procuramos identificar padrões de produção cientí-fica em oito revistas de ciência política e sociologia do Brasil. O objetivo geral é demonstrar a tendência de colaboração nessas disciplinas em comparação com outras áreas. E o objetivo particular é identificar características e estilos cognitivos de produção em rede. A hipótese é que trabalhos experimentais e empíricos apresentam maior cooperação entre autores, enquanto que trabalhos teóricos tendem a ser escritos individualmente. Para isso, analisamos variáveis que indiquem se os artigos têm enfoque no tempo, no espaço e/ou em algum autor, se utilizam dados quantitativos e recursos gráficos. As características da produção em coautoria na ciência política e na sociologia podem indicar padrões de colaboração e tendência de estruturação de redes nessas disciplinas.
*This article analyzes the limitations of the United Nations Security Council Resolution on Women, Peace and Security (1325/2000) as a product of the concepts of gender, violence and security underpinning it. Although it represents an important historical advance, recognizing the potential role of women in peacemaking processes and post-conflict agreements, and ensuring that violence against them is taken seriously both nationally and internationally, the Resolution nevertheless has a number of limitations and challenges. It is argued here that the Resolution is (only) a first step towards the recognition of the connections and possibilities of dialogue between gender, violence and security, and that it does not necessarily transform the way each concept and the connections between them are understood within the United Nations, its member states and even non-governmental organizations dedicated to gender issues, particularly women's groups. The limits of the Resolution are questioned by analyzing contexts of armed violence other than wars or post-conflict situations that are not covered by 1325, focusing particularly on their gender dynamics.
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