O ano de 2020 foi atípico para todos no Brasil e no mundo, marcado pela pandemia do vírus SARS-CoV-2, responsável pela doença COVID-19. Mas o ano também foi importante para a comunidade surda, pois a Lei da Língua Brasileira de Sinais (Libras), n.º 10.436/02, que reconhece a Libras como uma língua em nosso país, completou 20 anos de oficialização. Diante desses acontecimentos, o presente trabalho teve como objetivo realizar um estudo neste período que decorreu da aprovação da lei e apontar as principais mudanças e avanços na área da saúde para comunidade surda propiciadas por ela, assim também se propôs em detectar barreiras ainda presentes e enfrentadas pelos surdos. Para tanto, realizou-se uma revisão de literatura dos últimos 20 anos desde a aprovação da Lei de Libras, analisando as principais literaturas e plataformas acadêmicas digitais. Sendo assim, identificamos nos diversos autores consultados inúmeros entraves ainda enfrentados pelas pessoas surdas em seu acesso à saúde tais quais: faltam divulgação em promoção e prevenção em saúde na Libras para comunidade surda, profissionais de saúde sem capacitação para atendimento seja em língua de sinais quando este bilíngue ou pela presença de tradutor intérprete de Libras nas consultas e atendimentos, não acessibilidade nas informações, dificuldades em vocabulários específicos e inaplicabilidade legal de direitos. Concluiu-se ainda que tais fatores foram agravados com a pandemia, isolamento e uso de máscara facial como equipamentos de proteção.
O cenário da inclusão dos alunos surdos no ensino médio e superior ainda se encontra em construção e demanda avaliações constantes para adequação do atendimento acadêmico deste público. Este trabalho apresentou como objetivo uma investigação e análise da percepção dos alunos com deficiência sobre o atendimento recebido em um Instituto Federal da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. O público alvo escolhido foi os alunos surdos de um Instituto Federal da Região Norte do país, que ainda está em fase de implantação, com cinco anos de atividade, considerando nessa escolha que a deficiência surdez é aquela que se apresenta em maior proporção dentre os alunos com deficiência atendidos nesta Instituição. O trabalho utilizou uma abordagem quali-quantitativa e empregou questionários e entrevistas. Os resultados indicaram que apesar de satisfeitos com o atendimento recebido, os alunos percebem a existência de diversos problemas e preocupações, principalmente em relação ao despreparo de professores para o atendimento a este público, o que aponta para a necessidade de que se realize formação acadêmica dos professores tanto em nível superior quanto em pós-graduação em relação a esse tema.
Algorithms designed to translate textual content into sign language (SL) expressed through avatars have been used to reduce accessibility barriers. Our research aimed to identify whether the VLibras tool, widely adopted on Brazilian government websites, is an effective accessibility solution for automatic translation into SL. It is an exploratory and applied qualitative research project involving a bibliographic review and support from expert interpreters. We conducted two experimental studies using sequential chronological cuts and applying prescriptive and semantic analyses. We present evidence that there is no actual translation into SL in the automatic translation process performed by the VLibras translation algorithm (TA) but only a transposition of part of the SL lexicon to the Portuguese morphosyntactic structure. The automatic translation of long texts and texts with complex syntactic structures results in excessive pauses and dactylology for words that have a sign registered in the basic SL dictionary. Using human–computer interaction concepts to evaluate automatic translation into sign language by the VLibras TA expands the existing theoretical discussion. It also contributes to minimizing communication problems caused by the discrepancy between the original message and the machine translation, a practical applicability of this study.
No abstract
Atualmente, com a pandemia do novo coronavírus, tornou-se cada dia mais frequente o uso de termos técnicos de biossegurança utilizados na área de saúde e em laboratórios de pesquisa. Entretanto, muitos desses termos utilizados em português ainda não existem na Língua Brasileira de Sinais – Libras, o que gera a falta de compreensão dos termos, traz riscos à saúde dos surdos e dificulta a comunicação com os profissionais de saúde. Dessa forma, torna-se fundamental a preparação de materiais bilíngues (Libras-português) na área de biossegurança. O objetivo desta pesquisa é apresentar um manual bilíngue com novos termos em Libras, em formato de vídeo, como uma ferramenta que permite a comunicação e a capacitação dos surdos e dos profissionais de saúde. Metodologia: A seleção dos termos utilizados na elaboração do manual foi feita com base em mídias, jornais e literatura especializada com base no método de revisão sistemática descritiva. Foram selecionados 10 temas para a elaboração dos vídeos explicativos do manual. A validação das novas palavras em Libras foi realizada com um grupo de pesquisa do INES. Os vídeos foram disponibilizados em plataformas de Biocinais. Resultado: Observamos um alto número de acesso aos vídeos que explicam os conceitos de biossegurança, EPI e EPC. Conclusão: Os resultados preliminares demonstram que a construção de manuais que facilitem o entendimento dos surdos sobre a biossegurança e a comunicação deles com os profissionais da área de saúde é extremamente importante, uma vez que existe pouca fonte de informação sobre este tema para os surdos, e mais trabalhos desses devem ser incentivados.
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