O presente artigo tem por objetivo apresentar os inúmeros aspectos sobre os quais podemos analisar a representação dos negros na Universidade Federal de Viçosa à luz de Maurice Halbwachs (1990), Peter Burke (2000), Pierre Nora (1981) e Sandra Jatahy Pesavento (2012). Neste contexto, para diagnosticar e analisar a presença negra na instituição faz-se necessário não só mensurar os indivíduos pertencentes a este grupo, mas também analisar o conjunto de relações sociais que mobilizam o grupo, os símbolos históricos que o constituem e sua relação com o espaço que ocupa e com os demais grupos presentes neste e em seu entorno. Além disso, diz respeito, ainda, a recuperar as marcas deste grupo nos vários espaços da instituição, bem como, saber quantas destas marcas são efetivamente simbólicas para este grupo.
O artigo trata do processo de inserção da mulher num dos cursos pioneiros na área das ciências agrárias, o Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia (PPG-FIT) da Universidade Federal de Viçosa (UFV), entre os anos de 1961 e 2018. Nos dias atuais, a presença da mulher ocupa diversos espaços sociais e profissionais, muito diferente de cerca de 50 anos atrás, que eram ocupados quase que exclusivamente por homens. Se nas últimas décadas assistimos ao crescente empoderamento feminino nas mais diferentes atividades humanas, o propósito desta investigação consiste em analisar a presença da mulher no campo de conhecimento das ciências agrárias, mais especificamente no âmbito do curso de mestrado e doutorado em Fitotecnia, onde historicamente o predomínio do sexo masculino se mantem como uma de suas características marcantes. As informações coletadas no arquivo de Dissertações e Teses do PPG-FIT e os dados institucionais extraídos do Sistema de Apoio ao Ensino – SAPIENS da UFV, permitiram identificar a faixa etária e o sexo dos estudantes matriculados nos cursos de mestrado e doutorado, durante os primeiros cinquenta e sete anos de atividade deste Programa e verificar como vem se dando estas relações de gênero, em termos de ingresso e titulação, por meio do levantamento de percentual de matrícula e titulação nos cursos de mestrado desde 1961 e de doutorado, a partir de 1973, até o ano 2018, de modo a conhecer em que grau e instâncias vêm ocorrendo o avanço da presença feminina nestes cursos de pós-graduação stricto sensu tão marcadamente ocupados pelo sexo masculino.
O artigo analisa as origens e a trajetória do Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia da Universidade Federal de Viçosa (UFV), instituição com grande tradição na área das ciências agrárias e considerada como uma das mais importantes do país neste campo de conhecimento. Em 1961, a então Universidade Rural do Estado de Minas Gerais (UREMG), nome anterior da UFV, iniciou o primeiro Curso de Mestrado em Olericultura do país que, em 1964, foi renomeado para Fitotecnia. Tomando por base os conceitos de memória e patrimônio abordados respectivamente, por Le Goff (2003) e Pierre Nora (1993), o levantamento documental e a realização de entrevistas, analisamos o processo de constituição e consolidação deste curso de pós-graduação stricto sensu pioneiro no Brasil, na área das ciências agrárias, entre os anos de 1961 e 1981.
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