ResumoA doença renal crônica afeta milhares de pessoas e é atualmente um problema de saúde pública. O transplante renal é uma das formas de tratamento utilizada com objetivo de melhorar a qualidade de vida desses indivíduos. Este estudo buscou traçar o perfil sociodemográfico, compreender o significado do transplante renal e o seu impacto na qualidade de vida. Participaram 12 pacientes transplantados, em acompanhamento ambulatorial no Hospital público localizado em Recife. Utilizou-se questionário sociodemográfico e roteiro de entrevista semiestruturado. A maioria eram adultos jovens, casados, possuíam ensino médio completo, católicos e com até cinco anos de hemodiálise. As entrevistas foram categorizadas em: impacto do diagnóstico, limites da hemodiálise, restrições alimentares e a liberdade do transplante. Por meio desse estudo, foi possível observar que o transplante favoreceu a melhoria da qualidade de vida dos pacientes, além disso, pode nortear os profissionais de saúde e os pacientes que vislumbram a realização desse procedimento. Palavras-chave: insuficiência renal crônica, transplante renal, qualidade de vida Quality of Life in Kidney TransplantAbstract Chronic kidney disease affects thousands of people and is currently a public health problem. Kidney transplantation is one of the forms of treatment used in order to improve the quality of life of these individuals. This study sought to trace the socio--demographic profile and to understand the significance of kidney transplantation and its impact on quality of life. Participants included 12 transplant patients under outpatient treatment at the public Hospital located in Recife. We used a socio-demographic questionnaire and a semi-structured interview. Most patients were young adults, married, had completed/incomplete secondary education, were Catholic and had been on hemodialysis for up to 5 years. The interviews were categorized as: impact of the diagnosis, hemodialysis limits and restrictions and the freedom of transplantation. Through this study it was possible to observe that the transplant has helped to improve the patients' quality of life and it can also guide healthcare professionals and patients who envisage performing this procedure. Keywords: chronic renal failure; kidney transplantation; quality of life. Calidad de Vida en Trasplante de RiñónResumem La enfermedad renal crónica afecta a muchas personas y actualmente se ha convertido en un problema de salud pública. El trasplante renal es una de las formas de tratamiento que busca mejorar la calidad de vida de las mismas. Este estudio buscó trazar un perfil sociodemográfico, y comprender el significado del trasplante renal y su impacto en la calidad de vida. Participaron 12 pacientes trasplantados con seguimiento ambulatorio en el Hospital público ubicado en Recife. Se utilizó un cuestionario sociodemográfico y una entrevista semiestructurada. La mayoría eran jóvenes adultos, con Enseñanza Secundaria completa, casados, católicos y con hasta 5 años de hemodiálisis. Las entrevistas se clasificar...
Resumo Pessoas acometidas pela insuficiência renal crônica têm sua qualidade de vida diminuída em razão do tratamento hemodialítico a que são submetidas. Essas alterações podem ser mais ou menos intensas, dependendo das estratégias de enfrentamento (coping) que elas usam para lidar com os efeitos do tratamento. Este estudo objetivou investigar a relação entre estratégias de coping e qualidade de vida de pacientes em hemodiálise. Três instrumentos (questionário sociodemográfico, Escala Modos de Enfrentamento de Problemas e o Kidney Disease and Quality-of-Life Short-Form) foram aplicados em 49 pacientes do Setor de Hemodiálise de um hospital público da cidade de Recife, Brasil. Foram encontradas principalmente correlações negativas entre a estratégia de coping focalizado na emoção e várias dimensões da qualidade de vida. Esses resultados são compatíveis com pesquisas anteriores, inclusive as realizadas com outros tipos de pacientes. As implicações desses resultados para a atuação profissional do psicólogo são discutidas. Palavras-chave: coping; qualidade de vida; insuficiência renal crônica.
Para crianças em situação de rua, este espaço representa um ambiente de socialização e trabalho. Alguns autores salientam que o contexto familiar destas crianças favorece a saída de suas casas. A vulnerabilidade tornou-se um aspecto importante a ser considerado na compreensão de seus vínculos familiares. O presente estudo, de abordagem qualitativo-exploratória, consistiu em investigar as representações de crianças em situação de rua sobre seus lares e famílias mediante a linguagem simbólica do desenho. Participaram dele sete crianças em situação de rua, de ambos os sexos, com idades entre dez e quatorze anos. Foram aplicados dois instrumentos projetivos: o teste do desenho da família e o protocolo para o desenho da casa, referente ao teste House-Tree-Person (HTP). Os resultados apontaram que, para os participantes, o modelo de família não equivale ao modelo nuclear. Apontaram ainda mobilização diante dos desenhos, ambivalência afetiva em relação ao lar e à família e fragilidade nos laços afetivos. Pôde-se inferir que a ida das crianças à rua está relacionada a questões financeiras e afetivas, e que alguns destes aspectos ainda se preservam com a vivência nas ruas.
resumo: O presente estudo faz parte de uma pesquisa que procurou investigar a experiência da primeira sessão de hemodiálise para o paciente renal crônico a luz da fenomenologia. O objetivo deste estudo é compreender o significado de se submeter à Hemodiálise de urgência a partir da experiência do Doente Renal Crônico. Atrelado a este, intenciona-se descrever o significado de submeter-se a hemodiálise, investigar a compreensão do Doente Renal Crônico e pesquisar sua expectativa quanto aos cuidados relacionados à saúde e seus hábitos de vida. Este estudo baseia-se na proposta de Estudo de Caso que permite uma visão em maior profundidade acerca dos fenômenos humanos. Para análise do material, foi utilizado o Método Fenomenológico de Investigação em Psicologia de Amedeo Giorgi de metodologia qualitativa, que estuda o sentido da experiência humana nas suas mais variadas relações com o mundo. Foi escolhido para colaborar com o estudo um participante em sua primeira sessão de hemodiálise acompanhado no Hospital das Clínicas de Pernambuco. Este estudo aponta que a experiência da primeira sessão de hemodiálise é algo singular para os sujeitos e que apesar do avanço tecnológico e as abordagens médicas, aceitar tal condição depende do paciente e a sua forma de relacionar-se com o adoecimento.
O período gestacional pode vir acompanhado de complicações emergenciais, capazes de ocasionar iminente ameaça de morte à vida materna e/ou fetal, contribuindo para a crescente taxa de mortalidade nessa população. O encontro com o inesperado, nesses casos, pode provocar experiências em que o sujeito se vê diante de um insuportável, impossível de simbolizar. Em psicanálise, esse momento pode ser atribuído ao conceito de urgência subjetiva. Diante disso, o presente artigo procurou discutir de que maneira a mulher em situação de emergência obstétrica de alto risco pode ser afetada pela experiência da urgência subjetiva e quais desdobramentos diante desse encontro. Propomo-nos a compreender o conceito de urgência subjetiva à luz da teoria psicanalítica e identificar seus entrelaçamentos com a emergência obstétrica de alto risco. Trata-se de uma pesquisa teórica em psicanálise, qualitativa e exploratória, realizada a partir de seleção bibliográfica. A análise dos dados encontrados consistiu na identificação e discussão de conceitos que se entrelaçam com a urgência subjetiva, na tentativa de pensar essa conexão em situações de emergência obstétrica de alto risco. A literatura evidenciou que a urgência subjetiva está associada a um momento de crise, indicando uma ruptura na dimensão discursiva, expondo o sujeito ao real avassalador e desordenado, de modo que angústia, trauma e tempo foram identificados como alguns dos conceitos entrelaçados à urgência subjetiva. No que concerne às situações de emergência obstétrica de alto risco, elementos como perdas, acontecimentos inesperados e rupturas podem indicar a possibilidade de inscrição da urgência subjetiva. No entanto, evidenciou-se que, por vezes, esses acontecimentos são tratados pela via do imediatismo, impossibilitando ao sujeito ressignificar sua experiência. Assim, atenta-se para que, diante do caos instaurado nesses ambientes, dê-se lugar para uma pausa, a fim de resgatar a cadeia discursiva, anteriormente diluída, e o sujeito possa vir a se reorganizar.
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