A abordagem agroecológica promove a autonomia, devido valorizar os produtos locais, promover o diálogo e a troca de saberes por meio do reconhecimento dos métodos tradicionais de manejo produtivo. A construção de Unidades de Aprendizagem (UA) se deu com o diálogo entre o conhecimento das famílias agricultoras e o formal dos técnicos, para a inclusão socioprodutiva das famílias beneficiárias da Política Pública (PBSM), de território rural Sergipano. A metodologia foi de pesquisa-ação-participativa, envolvendo 120 famílias. As UAs geraram conhecimentos adaptados à realidade das famílias, permitindo a construção de um novo conhecimento sobre a realidade local promovendo soluções que geraram maior autonomia com a utilização de insumos locais. É incontestável o papel das políticas públicas para promoção da autonomía e segurança alimentar e nutricional das famílias
Esse trabalho apresenta resultados de projeto da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em parceria com duas Redes de Agroecologia: “Plantar para a Vida”, no estado de Sergipe e, “Viver Bem”, em Alagoas, região Nordeste do Brasil. A Embrapa, em conjunto com as Redes, atua com as famílias no planejamento participativo a partir da realidade local no redesenho de agroecossistemas para a transição agroecológica, em cenário de pós-pandemia da Covid-19. Aqui será relatada a experiência do grupo “Manancial”, integrante da Rede Plantar para a Vida, no qual a produção vegetal das famílias é certificada como orgânica por meio de Sistema Participativo de Garantia, mas se faz necessário avançar na escala de transição para alcançar a certificação dos produtos de origem animal. O sistema de produção de galinha de capoeira está atrelado à dimensão sociocultural de produtos agroalimentares tradicionais da região, como os ovos de galinha de capoeira e o pirão de capão (frango castrado). Apesar da sua importância, a galinha de capoeira está em risco de extinção. Como as atividades de pesquisa se iniciaram na Pandemia Covid-19, o primeiro passo foi estabelecer uma rede de comunicação móvel para promover o diálogo de saberes para a construção das cinco etapas do programa: 1. Mapeamento dos guardiões e guardiãs das galinhas de capoeira que recebem orientações sobre o manejo reprodutivo e coleta de ovos embrionados para a incubação; 2. Implantação de um centro de incubação artificial e criação de pintinhos até a oitava semana de vida, quando os machos são castrados; 3. Distribuição dos capões e fêmeas na comunidade; 4. Diversificação dos agroecossistemas para alimentação das aves com dependência mínima de ração externa; 5. Implantação de centro comunitário de incubação artificial, com machos e fêmeas para produção de pintinhos. Pretende-se promover a autonomia das famílias na criação, conservação e multiplicação da galinha de capoeira e contribuir para a transição agroecológica e o desenvolvimento sustentável.
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