O presente artigo visa discutir as metodologias de desenvolvimento de produtos que tem como base os processos de Biomimética, a partir da avaliação dos processos de criatividade humana. Inicialmente buscou-se contextualizar sobre a criatividade e seus mecanismos, abordando sobre as dimensões da criatividade e inteligência, e a sua relação com os pensamentos divergente e convergente. Posteriormente, são abordados aspectos ligados aos métodos de Design vinculados aos processos naturais, aqui estudados, a partir dos princípios da Biomimética. Este campo de conhecimento apresenta uma investigação sistemática das soluções orgânicas e estruturais aplicadas pela natureza aos seus elementos, visando colher dados para a solução de problemas técnicos de formas, estruturas ou objetos para o uso cotidiano humano. Autores do domínio da Psicologia, como Guilford (1977) e Cropley (2001), e da Biomimética, como Beynus (1997), foram estudados e suas teorias utilizadas como fundamentação para as reflexões que se seguiram sobre a análise de experiência real sobre a aplicação de princípios biomiméticos em um ambiente de ensino de Design no Brasil, da Universidade Federal de Pernambuco, no laboratório de BioDesign (UFPE). O método estudado foi o de Analogia, no qual os princípios naturais são interpretados, desenvolvidos e transformados em possíveis soluções que podem ser utilizadas no fomento de ideias para novos produtos. Foram verificados que essa abordagem tem associação dos parâmetros da estruturação do pensamento divergente e convergente. Essa estrutura de pensamento tende a potencializar as dimensões da criatividade. Como apontamento futuro, relacionar mecanismos da estruturação do pensamento criativo com os princípios da Biomimética tende a promover a geração de novos métodos que possam auxiliar o desenvolvimento e um maior aproveitamento da gama de informações que podem ser retirados de sistemas naturais complexos. palavras-chave:Design; Biomimética; Criatividade; Ensino; Desenvolvimento de Produtos.
ResumoAtualmente o design está inserido em projetos multidisciplinares, em que suas competências e habilidades são requeridas, destacando-se a empatia, a criatividade e a visão de inovação. A inserção dos designers no variado mercado de trabalho exige que essas capacidades dos profissionais sejam desenvolvidas, utilizando, para tal, métodos e ferramentas. Uma dessas ferramentas que tem potencial de colaborar com o processo de design é o mapa mental. Assim, esse artigo se propõe a investigar a aplicação dos mapas mentais nos processos de design, por meio de uma revisão da literatura sobre a ferramenta e sobre a área do design. Além disso, foi realizado um estudo de caso da aplicação do mapa mental dentro de um projeto de design conduzido em um estabelecimento prisional humanizado. Observa-se que o uso dessa ferramenta pode ser positivo na construção de um processo de design em grupo, auxiliando principalmente nas suas fases iniciais.Palavras Chave: Mapa mental; Design; Ferramentas e APAC. AbstractCurrently the design is inserted in multidisciplinary projects, in which their skills and abilities are required, emphasizing empathy, creativity and the visionary. The insertion of the designers in the varied labor market demands that these capacities of the professionals to be developed, using, for such, methods and tools. One of these tools that has the potential to collaborate with the design process is the mind map. Thus, this article proposes to investigate the application of Mind Maps in the design processes, through a review of the literature about the tool and the area of design. In addition, a case study of the application of the mind map was carried out within a design project conducted in a humanized prison. It is observed that the use of this tool can be positive in the construction of a group design process, assisting mainly in its initial phases.
A mobilidade urbana é um problema grave dos grandes centros urbanos que atinge diretamente o Campos Pampulha da UFMG. O Campus é, inclusive, considerado o segundo maior atrator de tráfego da cidade de Belo Horizonte. Entre os transportes alternativos, que visam solucionar o problema da mobilidade, a bicicleta ganha destaque por ser eficiente e sustentável. Já os sistemas de aluguel de bicicleta são considerados uma solução replicável, que viabiliza o uso da bicicleta como transporte, otimizando o seu uso por meio do compartilhamento. Assim, nota-se a oportunidade de desenvolver, pela ótica do design, um sistema de aluguel de bicicletas para o Campus, incluindo serviços e produtos, a fim de otimizar a mobilidade interna. Tendo esse contexto em foco, o artigo tem por objetivo apresentar uma experiência da aplicação do design de serviços atrelado ao desenvolvimento de produtos, ilustrando como a conexão entre serviços e produtos pode ampliar a área de atuação do design e propor soluções mais completas. Para alcançar este objetivo, foi feito um levantamento de referencial teórico sobre as temáticas afins, dividido em análise da área do Design de Serviços, do contexto do Campus Pampulha da UFMG e da Bicicleta como Transporte Alternativo. Assim como uma descrição detalhada do processo de desenvolvimento de um sistema de aluguel de bicicletas para o Campus, mesclando práticas da área do design de serviços e de produtos. Nota-se que a integração entre design de serviços e design de produtos é muito intensa, principalmente porque os produtos atuam nos pontos de contato com os usuários, mediando a interação deles com o serviço. Além disso, observa-se que projetos no contexto da mobilidade são complexos e demandam a integração entre várias áreas. palavras-chave:Design de serviços; design de produtos; mobilidade; sistema de aluguel de bicicletas; Campus Pampulha UFMG.
O sistema prisional brasileiro é repleto de problemáticas, como a superlotação, a violência, a falta de ensino e oportunidades para egressos, não atingindo a sua função social. Neste cenário, a Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (APAC) desponta como um modelo alternativo de cumprimento penal humanizado. Embora a APAC tenha diversos avanços em comparação ao sistema prisional comum, ela ainda lida com diversas problemáticas derivadas de sua atividade fim e da vulnerabilidade social de seus apenados. Nota-se o potencial de atuação do design participativo nesse contexto por sua habilidade de gerar propostas criativas para minimizar problemas complexos, inclusive de cunho social, envolvendo a população atingida. Observa-se, também, a oportunidade de desenvolver um negócio social na APAC a fim de gerar renda para essa população vulnerável e apresentar meios de inserção social baseados no empreendedorismo e empoderamento. Assim, este artigo sintetiza uma pesquisa de mestrado, na qual foi desenvolvido um estudo de caso na unidade da APAC Santa Luzia – Minas Gerais – Brasil, focado na análise de como o design participativo pode colaborar para a transformação social por meio da elaboração de um negócio social. A pesquisa incluiu técnicas de coleta de dados qualitativos e oficinas de design participativo realizadas com os apenados nessa unidade, que perpassaram pela identificação de problemas e oportunidades, criação de possíveis soluções, prototipação e viabilização. Nessas oficinas foi elaborado um projeto de negócio social baseado na comercialização de sacolas com estampas criadas para sensibilizar o público sobre questões que envolvem o sistema prisional e a APAC. Os resultados dessa pesquisa mostram o potencial do design participativo de conduzir apenados a gerar negócios com potencial de sobrevivência no mercado e indicam que uma aplicação mais ampla do design, partindo de uma visão estratégica, pode contribuir para a transformação social.
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