A Lei 9.787/99 veio para marcar e difundir o medicamento genérico como idêntico ao de referência e de melhor acessibilidade aos usuários. Para tal, devem ser submetidos a testes de bioequivalência e biodisponibilidade para se tornarem intercambiáveis com aqueles de referência. Este trabalho tem como objetivo geral verificar a aceitabilidade dos medicamentos genéricos em alunos do curso de farmácia da faculdade Santo Agostinho – MG, bem como analisar possíveis motivos que interferem na adesão ou aceitação dos alunos no tratamento com os medicamentos genéricos. A metodologia utilizada tem caráter descritivo quantitativo, onde aplicou-se um questionário para coleta dos dados. A maioria dos alunos entrevistados afirmaram conhecer a Lei dos genéricos, sendo que aproximadamente 95% deles sabem a diferença entre os medicamentos de referência e genéricos e, 98,68% já fez uso de medicamentos genéricos. Em um panorama geral, a aceitabilidade dos medicamentos genéricos por parte dos alunos que se dispuseram a responder o questionário é alta; eles acreditam na eficácia dos medicamentos e aceitam a sugestão dos farmacêuticos quando indicam o medicamento genérico em substituição ao de referência prescrito. Conclui-se assim, que, ainda que relativamente recente, os medicamentos genéricos já são mais usados e aceitos pela sociedade, principalmente pelo seu preço mais acessível, facilitando adesão aos tratamentos que exigem o uso de medicamentos por períodos mais longos. A orientação e esclarecimentos oferecidos por parte dos farmacêuticos também é um fator importante nesta realidade, ressaltando a importância do profissional farmacêutico na promoção da saúde na sociedade.
A gravidez produz um equilíbrio biológico instável que demanda, em alguns casos, o uso de medicamentos. Entretanto, sabe-se que alguns fármacos apresentam potencial teratogênico. O objetivo desse estudo foi avaliar a prevalência e o potencial teratogênico dos principais medicamentos usados por gestantes. A metodologia apresentou caráter descritivo, transversal com abordagem quantitativa. Aplicou-se um questionário semiestruturado para a coleta de dados. Das gestantes entrevistadas, 96,2% disseram já ter usado medicamentos durante a gestação a partir de prescrição médica e 18,9% por automedicação. Verificou-se também que quanto mais jovem e menor o grau de escolaridade das gestantes maior a tendência de automedicação. Constatou-se ainda que 23,5% das gestantes fazem uso de medicações sem receita médica por vontade própria e que 76,5% delas sofrem influência externa. As classes de medicamentos mais usadas pelas gestantes foram ácido fólico, sulfato ferroso e paracetamol. Houve prevalência de consumo de medicamentos da categoria de risco A, seguida das categorias B, C e D. Conclui-se que a medicalização durante a gestação é uma realidade, sendo necessário o desenvolvimento de políticas de saúde pública que possam conscientizar a população da importância do uso racional de medicamentos durante a gestação.
A hipertensão arterial representa um dos principais fatores de risco associado ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares. A adesão do paciente ao regime terapêutico é fator primordial para a efetividade do tratamento. A atuação do profissional de saúde pode contribuir para a escolha do tratamento mais indicado, seguro e conveniente. Este estudo teve como objetivo avaliar a influência da intervenção farmacêutica na adesão terapêutica dos pacientes hipertensos. A pesquisa foi realizada no assentamento Estrela do Norte, comunidade Sanharó, área rural do município de Montes Claros, Norte de Minas Gerais. A amostra constituiu-se de 21 indivíduos com idade entre 40 e 86 anos de ambos os gêneros. A pesquisa teve abordagem direta com método descritivo de caráter quantitativo. Foi aplicado um questionário por meio de visitas domiciliares individuais e desenvolvidas ações educativas. Após 6 meses o questionário foi reaplicado. Os entrevistados eram, em sua maioria, do sexo feminino e idosos. Após a intervenção houve mudanças de opiniões e atitudes dos participantes quanto à tomada da medicação, compreensão sobre a doença e a importância do correto segmento terapêutico, o que elevou a maior adesão a farmacoterapia. Conclui-se que a intervenção farmacêutica influencia positivamente na adesão à terapia anti-hipertensiva e que o farmacêutico é um importante profissional para compor a equipe de Estratégia Saúde da Família. O farmacêutico deve estar apto a buscar medidas educativas que facilitem a compreensão dos pacientes quanto ao seu estado de saúde, às formas de evitar e controlar a doença, além de incentivar e mostrar a importância do autocuidado.
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