O artigo traz algumas problematizações sobre os desafios da desinstitucionalização no cuidado em saúde mental a partir de um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de João Pessoa, Brasil. O percurso metodológico se deu no cotidiano do serviço, no qual os pesquisadores participavam das reuniões de equipe e acompanhavam a produção do cuidado dentro e fora do CAPS. No processo de educação permanente junto à equipe do CAPS, foi possível produzir visibilidade a três movimentos: a invisibilidade do território vivo na produção das redes de cuidado; a necessidade do matriciamento como articulador das ações do CAPS e a atenção básica; e os impasses para a desinstitucionalização da vida. No entanto, apostamos que, no movimento de abrir-se ao mundo vivo da cidade, a saúde mental consiga produzir cuidados para além do sofrimento psíquico, se ocupando com a produção de vida das pessoas.
RESUMO O estudo problematiza o lugar das famílias na produção do cuidado em saúde mental. De caráter qualitativo, foi desenvolvido a partir da produção de narrativas e vivências em um Centro de Atenção Psicossocial (Caps), tipo III, de João Pessoa-PB, entre fevereiro e novembro de 2015. Os pesquisadores acompanharam a produção de cuidado para um usuário denominado ‘o Capoeirista’. A partir de então, produziram-se novas visibilidades para a família na produção do cuidado: 1. Família como espaço de disputa de plano de cuidado; 2. Família que também precisa ser cuidada; e 3. Família como parte da vida social do usuário. Nesse sentido, o Caps precisa redefinir o perfil do seu usuário, extrapolando do âmbito individual para o familiar.
Este é um artigo publicado em acesso aberto (Open Access) sob a licença Creative Commons Attribution, que permite uso, distribuição e reprodução em qualquer meio, sem restrições desde que o trabalho original seja corretamente citado. Resumo: Introdução: A terapia ocupacional é uma profissão da área de saúde que tem interfaces na educação e no campo social, cujas ações objetivam a participação dos indivíduos em ocupações cotidianas que promovem a construção de sua identidade, saúde e bem-estar. Sendo assim, o terapeuta ocupacional está apto para atuar em diversos pontos de atenção à saúde, dentre eles a Atenção Básica à Saúde. Nesse sentido, é importante que os gestores conheçam os profissionais, suas particularidades e a função que desempenham em cada equipe e serviço de saúde. O reconhecimento e valorização dos papéis desenvolvidos no âmbito da Atenção Básica por esses atores facilita o desenvolvimento de ações adequadas para cada coletivo em suas especificidades culturais. Objetivo: Descrever a percepção dos gestores de saúde da Atenção Básica à Saúde acerca da atuação e inserção da terapia ocupacional. Método: Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratória de abordagem qualitativa, que foi realizada na Secretaria Municipal de Saúde e nos cinco Distritos Sanitários distribuídos no território de João Pessoa-PB, com gestores ligados à Atenção Básica no período de junho a agosto de 2018. Foi utilizada uma entrevista semiestruturada pelos pesquisadores e os dados foram analisados por meio da técnica de Análise do Conteúdo. Resultados: Participaram da pesquisa 18 gestores, de ambos os sexos. Percebe-se que os gestores compreendem que a terapia ocupacional está voltada para as atividades cotidianas dos sujeitos, para a adaptação de utensílios, mas a confundem com a fisioterapia. Quanto à contratação, referem que a mesma se dá por meio de seleção de currículo e entrevista, havendo influência de indicações políticas. Conclusão: Assim, devem ser ampliadas as discussões sobre a terapia ocupacional chegando até os espaços de gestão, no sentido de ampliar o reconhecimento e a inserção da profissão na Atenção Básica à saúde, visando um atendimento mais universal, equânime e integral que responda às necessidades dos usuários.
O artigo discute a potência da produção de novas visibilidades sobre pessoas com transtorno mental que reconheçam outros modos de existência. O percurso metodológico se deu a partir do encontro e suas afecções no qual os pesquisadores misturaram-se ao mundo pesquisado. Caracteriza-se como um estudo de caso, desenvolvido entre equipes de saúde, durante fevereiro a dezembro de 2015 no município de João Pessoa-PB. O caminhar cartográfico aponta o olhar inicial das equipes de saúde sobre a família, suas ofertas terapêuticas e o deslocamento dos olhares sobre os sujeitos. Este acompanhamento nos revelou que os sujeitos produzem infinitas conexões de vida, com, sem, ou mesmo apesar, dos profissionais de saúde. Produzir um cuidado que reconheça e legitime a autonomia do sujeito no seu modo de levar sua vida, implica em reconhecê-lo protagonista de sua história.
O estudo propõe um debate sobre o cuidado em saúde mental na atenção básica, partindo do entendimento de que a produção do cuidado se dá em redes, não apenas institucionais, mas redes vivas e de potência criativa. O percurso metodológico se deu por meio da cartografia, de modo que foi possível rastrear o território para além dos serviços de saúde. Como meio de produção de dados utilizaram-se os diários de campo produzidos na vigência de doze meses do projeto de extensão: Saúde Mental na atenção básica- desafio e necessidade, desenvolvido em uma unidade integrada de saúde da família de um município do estado da Paraíba. A vivência e atuação no território se deram inicialmente pelo mapeamento das redes de cuidado territoriais, como também a problematização das ações de cuidado na atenção básica, com o intuito de ampliar o debate sobre o papel das redes vivas no cuidado em saúde. Tal discussão possibilitou o desenvolvimento de ações em saúde pautadas na integralidade do cuidado, coesão social, produção de vida. Estes resultados apontam para a necessidade em se pensar ações compartilhadas e inseridas no território, tendo em vista que a saúde envolve também os territórios existenciais pelos quais os sujeitos circulam e produzem relações. A terapia ocupacional tem contribuído significativamente na consolidação deste cuidado. The study proposes a debate on mental health care in primary care, based on the understanding that the production of care takes place in networks, not only institutional, but also living networks and creative power. The methodological approach was through the mapping, so it was possible to trace the territory beyond the health services. As a means of production, data field diaries were produced in the presence of twelve months of the extension project: Mental Health in the primary care - challenge and need, developed in an integrated health unit family in a municipality of state of Paraíba. The experience and operation in the territory was given initially by mapping of care networks available in the territory, as well as the questioning of care actions in primary care, in order to broaden the debate on the role of living networks in health care. This discussion enabled the development of health actions based on integrality of care, social cohesion, production of life in primary care. These results point to the need to think about shared and embedded actions in the territory, with a view that health also involves the existential territories for which individuals circulate and produce relations. Occupational therapy has significantly contributed to the consolidation of territorial care.Keywords: Comprehensive health care; Primary health care; Social network; Mental health, Occupational therapy. El estudio propone un debate sobre el cuidado en salud mental en la atención básica, basado en el entendimiento de que la producción de la atención se lleva a cabo en las redes, no sólo institucional, sino redes vivas y con poder creativo. El enfoque metodológico fue a través de la medio de la cartografía, por lo que fue posible rastrear el territorio más allá de los servicios de salud. Como medio de producción de datos se utilizaron diarios de campo producidos en la vigencia de doce meses del proyecto de extensión: Salud Mental en la atención básica - desafio y necesidad, desarrollado en una unidad de salud de la familia integrada un condado en el estado de Paraiba. La experiencia y las operaciones en el territorio fue dado inicialmente por el mapeo de las redes de atención disponibles en el territorio, así como el cuestionamiento de las acciones de atención en la atención primaria, con el fin de ampliar el debate sobre el papel de las redes vivas en el cuidado de la salud. Esta discusión permitió el desarrollo de las acciones de salud basados en la atención integral, la cohesión social, la producción de vida. Estos resultados apuntan a la necesidad de pensar acciones compartidas en el territorio, teniendo en cuenta que la salud involucra también los territorios existenciales por los cuales los sujetos circulan y producen relaciones. La terapia ocupacional ha contribuido significativamente en la consolidación de este cuidado.Palabras clave: Asistencia integral de salud; Atención primaria de salud; Red social; Salud mental, Terapia ocupacional.
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