Considerando a existência no Brasil, de um processo de dualismo escolar - do qual o Ensino Médio é um dos sintomas mais palpáveis -, o texto problematiza a organização curricular desta etapa da Educação Básica e as possibilidades dessa organização representar - após a Lei nº 13.415/2017 -, a intensificação desse dualismo. Amparado em uma pesquisa documental e bibliográfica, o texto conclui que o modelo que entrou em vigor após a chamada Reforma do Ensino Médio de 2017 legitima, na prática, dois projetos formativos: a formação propedêutica e/ou a formação para o mundo do trabalho, sendo que as recentes alterações legais não parecem colocar como horizonte a superação do dualismo escolar.
O texto propõe uma discussão sobre a aprendizagem profissional como base epistemológica da formação continuada de professores. Para tanto, objetiva identificar as principais repercussões dos movimentos e ações para a formação de professores em uma rede pública municipal de ensino, partindo da problematização dos indícios do ponto de vista dos sujeitos do processo: os professores, pontuando também perspectivas para a formação, ancoradas em uma ideia de cognição e aprendizagem do adulto/profissional que se coloca em condição de aprendiz. Como metodologia, lança mão de uma pesquisa empírica de base documental, com dados coletados em uma rede municipal de ensino de porte médio, no interior do Rio Grande do Sul, ao longo de quinze anos (1997-2012). Os dados empíricos coletados permitem visualizar a frequência dos professores aos eventos de formação continuada, bem como a avaliação que realizaram acerca dos mesmos. Enquanto pauta de discussão, foram dimensionados indicativos sobre alguns significados que o professor atribui a sua formação continuada, enquanto parte inerente de suas atividades profissionais. Como conclusão defende-se a formação continuada como qualificação profissional, como parte da condição de ser professor e das atribuições distintivas do processo de aprendizagem e das práticas pedagógicas que o esteiam.
O texto parte da premissa que a mídia se constitui – progressivamente na sociedade atual -, em responsável pela construção e circulação de um conjunto de imagens, códigos e informações, exercendo protagonismo como formadora de opinião. Assim, o texto apresenta os resultados de uma pesquisa sobre o impacto da mídia na construção da agenda educacional, especificamente no que concerne as ações para o trato com a violência jovem no ambiente escolar. Parte de uma pesquisa qualiquantitativa, ancorada na análise de conteúdo sobre 154 produtos midiáticos, veiculados nos três maiores semanários brasileiros de circulação nacional: Veja, Isto É e Época, no recorte temporal de 2001 a 2011, sendo que a partir do exame dos produtos midiáticos foram estabelecidas leituras sobre as representações da violência na/da escola e as diferentes ações empenhadas para o combate a essa violência envolvendo, especificamente, distintas perspectivas de educação para distintos grupos de jovens, tangenciando assim, o dualismo educacional. Como conclusão, as opiniões formadas pela mídia merecem uma ponderação circunstanciada pela crítica levando, no caso em tela, a reflexões sobre a violência no ambiente escolar em contextos de educação dual.
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