O trabalho é elemento central no processo de transição para a vida adulta do jovem com deficiência intelectual. No entanto para que estes jovens ofereçam qualidade no desempenho de uma função, faz-se necessária uma formação profissional adequada. Neste sentido, o presente artigo teve como objetivo analisar as contribuições da formação profissional ofertada pela escola especial para a inclusão do jovem com deficiência intelectual (DI) no mercado de trabalho. De abordagem qualitativa se utilizou como instrumento de coleta de dados a entrevista semiestruturada e, como sujeitos, 4 (quatro) profissionais que atuam em oficinas de formação profissional em uma Escola Especial, situada no Estado de Santa Catarina. Mediante os resultados concluiu-se que há necessidade de novos estudos, em especial no que diz respeito à formação profissional para jovens com DI, na relação que se estabelece entre educação e trabalho. Igualmente, são necessários estudos que discutam práticas a serem desenvolvidas na formação profissional, dadas as mudanças no mundo do trabalho e no mundo desses jovens que almejam tanto estar inseridos numa sociedade inclusiva.
A partir do final do século XX, a modalidade da educação de jovens e adultos (EJA) assume nova identidade: “a juvenilização”, marcada pela presença expressiva de jovens com e sem deficiência, que buscam na escolarização os meios de dar continuidade ao seu desenvolvimento humano e social. Em face deste contexto, o presente artigo tem por objetivo compreender os sentidos da escolarização na EJA para os jovens com deficiência intelectual. De abordagem qualitativa, a pesquisa se utilizou de entrevista semiestruturada com jovens com deficiência intelectual matriculados em um Centro de Educação de Jovens e Adultos (CEJA), no estado de Santa Catarina. Nas descobertas que envolvem as novas identidades na modalidade da EJA, constatou-se que os jovens entrevistados não buscam na escolarização somente a certificação, mas o aprendizado para atuação nos diversos cenários da vida social e do trabalho. Atrelado a esse aprendizado, eles projetam para si a inserção no mercado de trabalho, emergindo expectativas que envolvem a aquisição da autonomia e a inclusão social e econômica por meio do trabalho.Palavras-chave: Educação de jovens e adultos. Jovens com deficiência intelectual. EscolarizaçãoLink:http://revista.ibict.br/inclusao/article/view/4082/3592
Após a promulgação da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008), a inclusão de pessoas com deficiência na modalidade da Educação de Jovens e Adultos está ocorrendo de maneira mais acentuada. Mediante essa inclusão, o presente artigo tem por objetivo compreender os processos de desterrittorização e de reterritorização, vivenciados por jovens com deficiência intelectual no contexto da inclusão escolar. De abordagem qualitativa se utilizou como instrumento de coleta de dados a entrevista semiestruturada e, como sujeitos 3 (três) jovens com deficiência intelectual matriculados em um Centro de Educação de Jovens e Adultos (CEJA), situado no Estado de Santa Catarina. A pesquisa foi construída com concepções advindas dos estudos territoriais especialmente nos conceitos de território, desterritorialização e reterritorialização de Deleuze e Guattari, que propiciaram diálogo com a pesquisa. Constatou-se que a inclusão possibilitou aos jovens com deficiência intelectual a descoberta de novos territórios. Na descoberta de novos territórios, os jovens vivenciam processos de desterrritorização e reterritorização. Na desterrritorização, emergem as linhas de fuga, perfilhando uma relação entre o desejo e o pensamento, a terra e o território. No entanto a desterritorização do pensamento vivenciada é acompanhada pela reterritorização no CEJA. Os processos de desterritorização e reterritorização foram marcados por agenciamentos que conduziram os jovens à novas territorialidades. Por meio destes processos os jovens com deficiência intelectual, fazem parte do devir que a inclusão escolar possibilita.
Diante da diversidade dos sujeitos que compõem a Educação de Jovens e Adultos (EJA), pode-se salientar que esta é uma modalidade de ensino que se insere no cenário educacional com questões específicas quanto às práticas pedagógicas. Com base neste contexto, o presente artigo tem o objetivo de investigar como ocorre a prática pedagógica na EJA. De abordagem qualitativa, foi utilizada a entrevista semiestruturada e a observação participante. A pesquisa teve como sujeitos uma professora e dois jovens matriculados em um Centro de Educação de Jovens e Adultos (CEJA), localizado em um município do Estado de Santa Catarina. Constatou-se que a prática utilizada pela professora na EJA é reflexo da cultura escolar construída historicamente, a qual permeia e organiza os espaços escolares, bem como normatiza o trabalho docente e, consequentemente, as relações de ensino e aprendizagem na referida modalidade. No entanto, esta é uma prática que merece ser repensada, uma vez que é destinada a atender os sujeitos que, provavelmente e pelas mais variadas circunstâncias, não tiveram acesso ao sistema educacional ou ainda retornaram às salas de aula em tal modalidade buscando superar as dificuldades vivenciadas no seu cotidiano escolar. Assim, torna-se pertinente refletir sobre a heterogeneidade dos sujeitos matriculados na turma da EJA. Dessa forma, considera-se que essa modalidade de ensino deve possibilitar aos jovens e adultos que lá se encontram os conhecimentos e as habilidades necessárias para exercerem a cidadania.
Com a Promulgação da Política de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008), a qual destaca o estreitamento entre a Educação Superior e a Educação Especial, evidencia-se o movimento de inclusão que se expandiu não só na educação básica nos últimos anos, mas também alcançando a educação superior, sendo subsidiada por normativas legais. Isto fez com que se tornasse expressivo o número de pessoas com deficiência que reivindicam o direito de ingressar e de permanecer nas universidades. O ingresso na educação superior e a participação da pessoa com deficiência no mundo do trabalho, constituem um campo de complexidades e desafios que compreendem a relação existente entre educação e trabalho. O presente artigo tem por objetivo averiguar as dissertações e teses realizadas no Brasil, após a promulgação da Política de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008), relacionando a escolarização da pessoa com deficiência na Educação Superior ao trabalho. Para o levantamento de dados, foi efetuada pesquisa nas bases da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e do Banco Digital de Teses e Dissertações (BDTD). Nas buscas realizadas, foram utilizados os seguintes descritores: educação superior; deficiência; inclusão e trabalho. As pesquisas encontradas apontam a predominância de relatos acerca da fragilidade da educação superior em ofertar conteúdos acadêmicos efetivamente associados ao mercado de trabalho. Verificou-se ainda, que a temática é nova e apresenta literatura escassa, tornando-a, além de relevante nacionalmente, também importante para universidades, professores, pesquisadores da área, agentes de políticas públicas e a sociedade como um todo.
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