Neste artigo parto do reconhecimento de que a nova situação política engendrada no Brasil pelo golpe de 2016, pede a reconsideração da estação participacionista iniciada desde a década de 90 e seguida, nos governos do PT, a partir da eleição do Presidente Lula. A questão de pesquisa aqui posta é a seguinte: a mudada conjuntura política do Brasil nos pede uma reflexão sobre o desgaste do projeto de democracia participativa desdobrado até aqui, e nos impele a repensar a gramática, as formas e a amplidão das dinâmicas participativas do futuro. O objetivo é entender que novas formas está e ainda pode assumir a participação nesta nova conjuntura política, inclusive trazendo como exemplos algumas experiências de Teias entre sujeitos marginalizados na estação anterior. Metodologicamente o trabalho originou de um ciclo de seminários, e se baseia em pesquisa bibliográfica e observação participante.
A Covid-19 pegou o mundo inteiro despreparado diante de uma ameaça que, apesar de parecer súbita, tinha sido aventada repetidamente em anos recentes. A produção de informação e reflexão sobre o que está nos acontecendo, é tamanha que passamos facilmente dias inteiros buscando acompanhar a massa de notícias, artigos, <em>Lives</em>,... tentando entender, manter um sentido de acontecimentos avassaladores. No meio disso tudo, alguns elementos chamam atenção: muitos ponderam que as transformações do nosso cotidiano serão radicais, não apenas no curto prazo, e que o mundo pós pandemia será outro, diferente do que conhecemos. No entanto, diante do drama, parece que o mundo terá uma inesperada possibilidade de repensar rumos e prioridades do futuro próximo e longínquo. Naturalmente nada está posto sobre quais rumos prevalecerão; a disputa do futuro é o que está em jogo, hoje como nunca. Nas anotações a seguir proponho algumas perguntas e uma reflexão sobre o “Comum”, a ser indagado como possível principio de ação, fundamento político e ontológico das sociedades a se reconstruir e sobre as formas possíveis dessa construção.
Este artigo traz os resultados de uma pesquisa de pos doc, com o objetivo de explorar os sentidos, potencialidades e práticas da escuta no contexto da gestão participativa. Trata-se de uma pesquisa de caráter exploratório e qualitativa. As referências teóricas para o tema da escuta são incipientes no campo dos estudos organizacionais e da administração. Encontramos estudos na filosofia, comunicação, educação e psicologia; e nos embebemos de pesquisas anteriores sobre metodologias integrativas para a formação e a gestão social. Adotamos uma abordagem transdisciplinar e dialogamos com saberes de povos tradicionais e do budismo; bem como com as experiências de gestores entrevistados. Inicialmente, trazemos um breve estado da arte sobre o tema. Na sequência nos detemos sobre os tipos e a importância da escuta no âmbito da gestão Em seguida discorremos sobre as dimensões da escuta (de si, do outro, do grupo e do contexto), a partir da experiência dos gestores entrevistados, momento em que sinalizamos algumas práticas que podem ser utilizadas no sentido de cultivar esta arte. Por fim, as considerações finais apontam uma síntese preliminar sobre a importância da arte de escutar na atualidade.
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