La localisation des entreprises agricoles dans l'ouest de l'Etat de Bahia au Brésil The Location of Agricultural Production in the West of the State of Bahia, Brazil Ève Anne Bühler et Valter Lucio de Oliveira AU BRÉSIL, la colonisation agricole a joué un rôle prépondérant dans la transformation du cerrado 1 , modifiant l'occupation du sol et les dynamiques socio-économiques. Dans l'ouest de l'État de Bahia, ce processus a connu ses temps forts dans les années 1980 et n'a cessé d'évoluer vers des modèles de production dans lesquels l'agriculture capitaliste occupe une place toujours plus grande. Sur cette terre d'élection de l'agriculture d'entreprise, située à proximité du Mato Grosso, les commodities, comme le soja, ont joué un rôle décisif. La localisation des entreprises agricoles dans l'ouest de l'Etat de Bahia au ...
Esse artigo busca interrogar, a partir de uma análise dos dispositivos públicos de regulação fundiária e ambiental, além de levantamentos realizados localmente, os processos de apropriação e mercantilização da natureza pelo setor agropecuário na fronteira agrícola do Cerrado nordestino. Em um contexto marcado pela consolidação das lógicas de mercado nos espaços rurais, no gerenciamento das propriedades agrícolas e na regulação ambiental, as abordagens em termos de « neoliberalização » fornecem um quadro teórico pertinente.
Se, em diversos setores da economia, a lógica de acumulação capitalista se efetivou sem enfrentar maiores obstáculos, na agricultura, ao contrário, importantes aspectos relacionados a seu caráter natural lhe impuseram significativas limitações. Até a década de 1970, por exemplo, o cerrado não era considerado apto para a prática da agricultura do tipo que hoje é ali praticada. Da mesma forma, o avanço no campo das biotecnologias já superou e tem prometido a superação de algumas das limitações que ainda persistem. A partir de tais considerações, pretendemos caracterizar a agricultura desenvolvida nos cerrados nordestinos e analisar a relação que ela estabelece com a natureza a partir da técnica e da acumulação capitalista. Percebe-se, nessas regiões, a consolidação de uma agricultura neoliberal em que a comodificação da natureza é uma dimensão saliente no processo de incorporação de novas fronteiras agrícolas. Ela se apoia sobre o discurso e a prática tecnicista dos agentes do setor, que visam a um maior domínio dos processos produtivos. Nessa dinâmica, o desprezo pelos ecossistemas nativos e o controle da natureza a partir da técnica são, ainda, elementos fundamentais no discurso de atração de colonos e investidores no setor. Esses aspectos serão tratados tomando-se como base pesquisa empírica desenvolvida desde 2011 na região conhecida como MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).
Se, em diversos setores da economia, a lógica de acumulação capitalista se efetivou sem enfrentar maiores obstáculos, na agricultura, ao contrário, importantes aspectos relacionados a seu caráter natural lhe impuseram significativas limitações. Até a década de 1970, por exemplo, o cerrado não era considerado apto para a prática da agricultura do tipo que hoje é ali praticada. Da mesma forma, o avanço no campo das biotecnologias já superou e tem prometido a superação de algumas das limitações que ainda persistem. A partir de tais considerações, pretendemos caracterizar a agricultura desenvolvida nos cerrados nordestinos e analisar a relação que ela estabelece com a natureza a partir da técnica e da acumulação capitalista. Percebe-se, nessas regiões, a consolidação de uma agricultura neoliberal em que a comodificação da natureza é uma dimensão saliente no processo de incorporação de novas fronteiras agrícolas. Ela se apoia sobre o discurso e a prática tecnicista dos agentes do setor, que visam a um maior domínio dos processos produtivos. Nessa dinâmica, o desprezo pelos ecossistemas nativos e o controle da natureza a partir da técnica são, ainda, elementos fundamentais no discurso de atração de colonos e investidores no setor. Esses aspectos serão tratados tomando-se como base pesquisa empírica desenvolvida desde 2011 na região conhecida como MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).Palavras-chave: Agronegócio. Cerrados Nordestinos. Commodificação da Natureza. Agricultura Empresarial.TECHNIQUE AND NATURE IN THE DEVELOPMENT OF “AGRIBUSINESS”If, in many economic sectors, the logic of capitalist accumulation has been implemented without facing major obstacles, in agriculture, on the contrary, important aspects related to its natural character have imposed significant limitations. Until the 1970’s, for instance, the cerrado was not considered apt for the agricultural practice that is now practiced there. In the same way, advances of biotechnologies in cultivations have overcome and promise to overcome even more limitations that still persist. Based on these considerations, we intend to characterize the agriculture developed in Northeastern Brazil’s cerrado and to analyze the relation that this region have with nature according to technique and capitalist accumulation. The consolidation of a neoliberal agriculture can be perceived in these regions in which the commoditization of nature is a prominent dimension in the process of incorporating new agricultural frontiers. This is supported by the discourse and the technicist practice of agents of the sector that aim to better control productive processes. In this dynamic, despise for native ecosystems and control of nature relying on technique are still fundamental elements in the discourse for attraction of settlers and investors to the area. These aspects will be discussed based on an empirical research that has been developed since 2011 in the region known as MAPITOBA (acronym of the states of Maranhão, Piauí, Tocantins and Bahia).Key words: Agribusiness; Northeastern Brazil’s cerrado; Business AgricultureTECHNIQUE ET NATURE DANS LE DÉVELOPPEMENT DE “L’AGRIBUSINESS”Si la logique capitaliste d’accumulation a eu lieu dans divers secteurs de l’économie sans être confrontée à de grands obstacles, en revanche dans l’agriculture d’importants aspects liés à son caractère naturel lui ont imposé des limitations importantes. Jusque dans les années 1970, par exemple, le cerrado n’était pas considéré favorable au type d’agriculture qui y est pratiqué aujourd’hui. Il en est de même des progrès de la biotechnologie dans les campagnes qui ont déjà dépassé et promettent d’aller au-delà de certaines limitations qui persistent encore. Partant de telles considérations, notre intention est de caractériser l’agriculture développée dans les cerrados du nord-est et d’analyser la relation établie avec la nature en nous basant sur la technique et l’accumulation capitaliste. Dans ces régions nous pouvons constater une consolidation de l’agriculture néolibérale où la marchandisation de la nature a une dimension évidente dans le processus de constitution de nouvelles frontières agricoles. Elle se base sur le discours et la pratique des agents techniques du secteur qui cherchent à mieux dominer les processus productifs. Dans cette dynamique, le mépris pour les écosystèmes indigènes et le contrôle de la nature à partir de la technique sont encore des éléments fondamentaux dans le discours fait pour attirer les colons et les investisseurs dans le secteur. Ces aspects seront traités sur la base d’une recherche empirique menée depuis 2011 dans une région connue sous la dénomination de MAPITOBA (Maranhao, Piaui, Tocantins et Bahia).Key words: Agribusiness; Cerrados du Nord-est; Affaires Agriculture. Publicação Online do Caderno CRH no Scielo: http://www.scielo.br/ccrh Publicação Online do Caderno CRH: http://www.cadernocrh.ufba.br http://dx.doi.org/10.1590/S0103-49792016000200005
Cet article se propose d’interroger, à partir d’une analyse des dispositifs publics de régulation foncière et environnementale ainsi que d’enquêtes locales, les processus d’appropriation de la nature et sa marchandisation par le secteur agricole sur la frontière agricole du Cerrado nordestin. Dans un contexte marqué par la consolidation des logiques de marché dans les espaces ruraux, dans la conduite des exploitations ainsi que dans la régulation environnementale, les approches en termes de « néolibéralisation » paraissent à même de fournir un cadre théorique pertinent.
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