Resumo. Nesse trabalho investigamos os desenhos produzidos por crianças de uma turma do 3º ano do Ensino Fundamental, durante uma sequência didática sobre adaptação, enfocando o cuidado parental. Assumimos que os desenhos têm um papel importante para a inserção das crianças em práticas de letramento científico e que o engajamento das crianças com a produção dessas representações resulta de sua interação com os pares, professora e objetos de conhecimento. O referencial teórico é baseado em estudos do campo da multimodalidade, semiótica social e letramento científico. As fontes de dados incluem: observação participante, registro em vídeo, anotações em caderno de campo e coleta de artefatos. Em nossas análises contrastamos os desenhos e os textos escritos, considerando vários aspectos. Os resultados indicam que os desenhos das crianças incorporam formas de representação particularmente valorizadas pela Ciência. Esperamos contribuir para fomentar o debate sobre o potencial dos desenhos para a aprendizagem de conceitos científicos.
Resumo. Nesse trabalho, analisamos uma controvérsia entre Charles Darwin e Julius Sachs a partir da perspectiva de Bruno Latour. As ideias desse autor a respeito da profissionalização dos cientistas, da literatura e das translações de interesses são apresentadas e discutidas. Os aportes metodológicos são desenvolvidos a partir das regras metodológicas para o estudo da ciência em ação. A reinterpretação desta controvérsia evidencia o esforço de Sachs para consolidar a Fisiologia Vegetal como área de estudos frente à comunidade acadêmica e a sociedade em geral. Em uma inscrição, sintetizamos as translações de interesse que indicam os actantes mobilizados a favor dessas alegações. Diante de sua idade avançada, Darwin reconheceu o poder do ataque a ele dirigido e se declarou incapaz de sustentar esse debate. Com o intuito de fomentar a discussão, destacamos as potenciais contribuições do trabalho de Latour para o campo de pesquisa em Educação em Ciências. Abstract. In this paper we analyze a dispute between Charles Darwin and Julius Sachs from the perspective of Bruno Latour. The ideas of this author on the professionalization of scientists, literature and translations of interest are presented and discussed. The methodological contributions are developed from the methodological rules for the study of science in action. The reinterpretation of this controversy highlights Sachs' efforts to consolidate Plant Physiology as an area of study across the academic community and society in general. We synthesized in an inscription the translations of interests indicating the actants mobilized in favor of these claims. At his advanced age, Darwin recognized the power of Sachs' attack and declared himself unable to hold this debate. In order to encourage discussion, we highlight the potential contributions of the work of Latour to the research field of Science Education. Palavras-chave: teoria ator-rede, Charles Darwin, Julius von Sachs, educação em ciências Key words: actor-network theory, Charles Darwin, Julius von Sachs, science education IntroduçãoUm requisito básico e perene dos currículos contemporâneos é a expectativa de que, além de aprender conteúdos científicos, os estudantes aprendam também sobre a natureza da ciência (veja MATTHEWS, 1995;LEDERMAN, 2007). Em outras palavras, um ensino de ciências de qualidade seria aquele que contemplasse as relações das ciências com o contexto social, ético, histórico, filosófico, político e tecnológico, contribuindo para a construção de uma visão mais próxima da ciência real e menos dogmática desse conhecimento.Objeto de investigações sistemáticas por mais de um século, as pesquisas sobre as visões sobre a natureza da ciência apontam que estudantes e professores ainda cultivam concepções que se afastam daquelas aceitas pela epistemologia e filosofia da ciência. Gil Pérez et al. (2001) identificam "visões deformadas" de professores sobre trabalho científico, tais como: a consideração do conhecimento científico como
In this study, we investigated the construction of science learning opportunities focusing on space−time relationships. Guided by ethnography in education, we followed the everyday life of a classroom over their three first years at elementary school. Based on macroanalysis, we examined discursive interactions in temporally distant events and how participants built relationships between these events. Verbal tense, agents in narratives, and relations between texts/contexts guided microanalyses. Results indicate that teacher and students evoked space−time relationships that become an epistemic tool for this class. These relationships structured narratives which the actor in scientific inquiry was the class as a group. Moreover, space−time connections provided articulations between the conceptual, epistemic, and social domains of scientific knowledge in science lessons over time. We discuss methodological contributions of the study, in addition to implications for positioning students as epistemic agents in science learning.
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