O presente artigo apresenta um levantamento sobre a relação entre atenção e música, a partir de uma revisão de estudos nas áreas da musicologia cognitiva, neurociências e musicoterapia no campo de música e atenção. O texto divide-se em três seções que agrupam uma revisão de estudos afins: (a) Fundamentos teóricos sobre atenção e música; (b) Evidências neurocientíficas sobre atenção e música; (c) Aplicações terapêuticas da música na atenção. Os estudos da musicologia cognitiva demonstram que agrupamentos perceptivos e expectativas são fatores determinantes para o recrutamento das diversas dimensões da atenção. Exames de neuroimagem, testes neuropsicológicos e estudos sobre a sincronicidade rítmica acrescentam evidências neurocientíficas sobre a forte relação entre música e atenção. As evidências relatadas neste estudo demonstram que música pode ser utilizada em contexto terapêutico com efeitos benéficos para pessoas com prejuízos na atenção ou como um recurso para desviar a atenção de sensações dolorosas ou situações estressantes.
As técnicas modernas de neuroimagem permitiram a documentação de alterações funcionais, estruturais e de padrões de conectividade no cérebro relacionadas com o fazer musical. Evidências científicas demonstram que a neuroplasticidade cerebral estimulada pelo treinamento musical pode produzir modificações em habilidades cognitivas. Estudos recentes nas neurociências, neuromusicologia e cognição musical tem dado destaque ao papel da música na reabilitação cognitiva. Os resultados oferecem um importante suporte para as pesquisas clínicas realizadas na área da musicoterapia. A principal abordagem que desenvolveu técnicas em que a música é utilizada como elemento mediador de respostas funcionais reorganizadas através de intervenções terapêuticas sistemáticas é a Musicoterapia Neurológica. O presente artigo busca apresentar alguns conceitos fundamentais resultantes de pesquisas que descrevem a utilização da música no treinamento e reabilitação de funções cognitivas como atenção, memória e funções executivas. A utilização da música na reabilitação cognitiva parece ser uma área promissora para a pesquisa em musicoterapia, principalmente valendo-se dos embasamentos teóricos nas áreas afins e das práticas resultantes dessa multidisciplinaridade.
Em março de 2020, a nova doença causada pelo Coronavírus, a COVID-19, foi classificada como pandêmica pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a partir de então uma série de medidas começaram a ser tomadas em diversos países com a intenção de controlar a quantidade de casos da doença. Dentre as medidas tomadas, o isolamento social se destacou como uma delas. Esta pesquisa, fez a junção de dois estudos complementares, que têm como objetivo observar, refletir e questionar sobre como esse momento de pandemia, bem como as adaptações necessárias, têm influenciado a qualidade de vida dos estudantes e profissionais da musicoterapia. O estudo um é uma pesquisa bibliográfica integrativa, que foi feita em 3 portais de busca. O estudo dois é uma pesquisa de campo exploratória sobre a qualidade de vida dos estudantes e profissionais de musicoterapia, feita através da aplicação de entrevista e questionário de auto relato. Os resultados obtidos indicam que de fato a qualidade de vida dos estudantes de musicoterapia e profissionais musicoterapeutas tem sido afeta pela situação de pandemia, sendo que os principais prejuízos que afetaram a auto percepção da qualidade de vida foram: diminuição da energia e aumento da fadiga, sono e repouso e capacidade para o trabalho.
As artes expressivas possibilitam uma série de benefícios a diversos públicos, incluindo pessoas com ou sem deficiência. Tais recursos podem ser empregados na Musicoterapia. Porém, existem poucos materiais sobre esse assunto. Este artigo é um relato de experiência que descreve um processo musicoterapêutico realizado em um projeto de extensão da Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O objetivo principal deste estudo é abordar o emprego e a associação de duas artes expressivas (desenho e o teatro), nos atendimentos de Musicoterapia. Através da experiência relatada, foi possível retratar a importância do tema referido e apresentar algumas possibilidades de técnicas e atividades utilizadas, além de descrever um exemplo de quando e como utilizar outras artes expressivas na Musicoterapia. Consequentemente, este trabalho também demonstra a importância da existência de projetos de extensão nas universidades e da experiência agregada pelos estágios curriculares para a formação de alunos e futuros profissionais da saúde, especificamente musicoterapeutas.Palavras-chave: Musicoterapia. Artes Expressivas. Relato de Experiência.
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