Resumo Este trabalho analisa os determinantes da satisfação no atendimento das Unidades Básicas de Saúde (UBS). Os dados foram extraídos dos microdados de avaliação externa do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ), do ano de 2013. Os resultados mostraram que indivíduos em melhor condição financeira tendem a ficar menos satisfeitos com o atendimento na UBS. Além disso, avaliando variáveis como tempo de espera para a consulta, o respeito ao paciente e a garantia de privacidade, é possível indicar que a melhora na percepção dos atendimentos nas UBS pode ser alcançada com uma melhor administração dos recursos, ou seja, sem aumento de gastos financeiros. Por fim, pode-se afirmar que os indivíduos valorizam mais o atendimento do que a infraestrutura da UBS no momento de avaliar o atendimento.
O objetivo do presente estudo consiste em mensurar a pobreza multidimensional no Brasil, levando em consideração seu perfil, evolução temporal, a relação entre suas dimensões e sua distribuição entre as macrorregiões brasileiras. Para tal, utilizaram-se os microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) referente ao período 2016-2019 em sua primeira entrevista. Em termos metodológicos, foi utilizada a técnica multivariada de Análise Fatorial com o intuito de calcular os índices e subíndices sintéticos de pobreza multidimensional a nível familiar. Como principais resultados, destaca-se a prevalência em grupos mais vulneráveis, a redução da pobreza multidimensional no período 2016-2018 com elevação em 2019, o baixo nível de correlação entre as dimensões que a compõem, assim como a constatação de que o fenômeno acomete primordialmente as famílias residentes nas zonas rurais das regiões Norte e Nordeste do país.
As condições de saúde se configuram como um dos principais determinantes do processo de crescimento econômico dos países. Levando em consideração a referida relevância, o presente estudo analisa esta relação para o Brasil no período 1996-2010. Para tal, é utilizado um modelo com dados em painel dinâmico, considerando a relação endógena entre saúde e crescimento econômico. Para a construção da variável que caracteriza as condições de saúde foram agregadas duas medidas importantes de saúde: taxa de médicos por 1.000 habitantes (insumo) e taxa de mortalidade infantil (resultado das condições de saúde), o que denota uma contribuição do estudo na literatura. No processo de junção das variáveis foi utilizada a técnica multivariada de Análise Fatorial. O principal resultado demonstra que as condições de saúde impactam positivamente o processo de crescimento econômico, sendo os efeitos observados diretamente, através do aumento da produtividade e oferta de trabalho; e indiretamente, via melhorias dos níveis de escolaridade e maior acumulação de capital físico.
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