O estudo analisou a produção atual do conhecimento científico em saúde bucal nos cursos de pós-graduação em Odontologia (stricto-sensu) sul-brasileiros, relacionando-a às diretrizes traçadas pela Agenda Nacional de Prioridades de Pesquisa em Saúde (ANPPS). Trata-se de uma pesquisa de abordagem quanti-qualitativa, de natureza exploratório-descritiva a partir de análise documental. Os dados, coletados de sítios eletrônicos oficiais no primeiro semestre de 2015, consistem em teses e dissertações produzidas entre 2011 e 2015, pelos programas de pós-graduação stricto-sensu em “Odontologia” ou “Ciências Odontológicas”, de Universidades Federais do Sul do país. Após leitura dos títulos e resumos, procedeu-se a classificação quanto à aderência das produções aos eixos da ANPPS, com posterior organização, tabulação, análise quantitativo-descritiva e análise qualitativa, discutindo-se possíveis lapsos entre políticas públicas e práticas, na implementação da ANPPS. A maior parte da produção de teses e dissertações analisadas não apresentou aderência aos tópicos da ANPPS (56,13%) relacionados à saúde bucal, sendo que as áreas de Odontopediatria e Saúde Coletiva detiveram as maiores médias de produção vinculadas (40,8%). Embora existam movimentos de assimilação e incorporação à ANPPS na pesquisa em saúde bucal, disciplinas clínicas tradicionais ainda não referenciam à Agenda e sua prioridade em estudos voltados às necessidades populacionais e interesses do Sistema de Saúde. A incorporação da ANPPS à pesquisa odontológica pode transformar a Odontologia brasileira em nova referência de construção de conhecimento para além do contexto nacional.
Este estudo objetivou verificar o perfil empreendedor entre os estudantes do Curso de Graduação em Odontologia da Universidade Federal de Santa Catarina, através de uma pesquisa descritiva do tipo transversal, realizada em abril de 2015, com alunos regularmente matriculados que já haviam concluído a disciplina Clínica I. A coleta de dados foi realizada em sala de aula, por meio do Questionário Sociodemográfico, do Questionário de Classificação Econômica do Brasil e do Teste do Perfil Empreendedor, instrumento que avalia, através de um sistema de quatro pontos, o perfil empreendedor, classificando-o em alto, médio ou baixo. Os dados foram então tabulados e submetidos à análise estatística descritiva. Entre os 94 participantes da pesquisa, o sexo feminino foi predominante (73,34%). As classes econômicas mais frequentes foram a Classe A (50,00%) e a Classe B2 (22,34%), sem nenhum participante da Classe D ou E. Observou-se predominância do perfil empreendedor médio (58,51%), em relação ao alto (41,49%). Nenhum estudante apresentou perfil baixo. Entre os estudantes de perfil empreendedor alto, 76,92% eram do sexo feminino. A classe econômica C2, apenas composta por dois indivíduos, apresentou maior frequência como perfil empreendedor alto (50%), seguida das classes A1 (46,81%) e C1 (46,15%). Assim, essa pesquisa possibilitou identificar o perfil empreendedor entre os estudantes de odontologia da Universidade Federal de Santa Catarina, onde embora não exista um perfil empreendedor baixo, existe a necessidade de estimular o perfil empreendedor alto. Há também um destaque para a tendência empreendedora no sexo feminino.
A Odontologia vivencia constantes mudanças, em uma realidade de saturação do mercado, fortalecimento do setor público e novos desafios profissionais. A formação universitária almeja um novo perfil acadêmico, conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais. Este estudo objetivou verificar o perfil dos estudantes do último ano do Curso de Graduação em Odontologia da Universidade Federal de Santa Catarina e suas expectativas profissionais. Um estudo descritivo transversal foi conduzido por meio de um questionário autoaplicável, composto por questões sociodemográficas e sobre a expectativa profissional dos estudantes. De 84 estudantes, 90,48% concordaram em participar do estudo. A amostra foi majoritariamente composta por estudantes do sexo feminino (69,74%), brancos (92,10%), solteiros (88,16%) e com idade média de 24 anos. Quanto à formação, 64,47% cursaram o ensino médio em escola privada. Renda familiar média de 5 a 10 salários mínimos foi declarada por 39,47%dos participantes e 84,21% afirmaram não trabalhar. Apenas 18,42% dos estudantes ingressaram no curso por meio de ações afirmativas. Em relação às expectativas profissionais, 80,26% querem trabalhar no serviço público, principalmente por estabilidade (42,10%) e renda complementar ao serviço privado (40,79%). A principal dificuldade esperada pelos alunos é a saturação do mercado de trabalho (69,74%). Todos almejam cursar algum tipo de pós-graduação, principalmente nas áreas de Prótese Dentária (36,84%), Dentística (34,21%) e Implantodontia (32,90%). Neste estudo, identificou-se uma tendência às especialidades odontológicas no perfil dos estudantes, embora o emprego público seja almejado pela maioria, além de constante preocupação com a saturação do mercado de trabalho.
Formar docentes aptos à promoção do ensino preconizado pelas Diretrizes Curriculares Nacionais é fundamental na Odontologia. Este estudo objetivou relatar experiências formativas no estágio docente de alunos de Pós-Graduação em Odontologia, na área de Odontologia em Saúde Coletiva, de uma universidade brasileira, com integração ensino-serviço comunidade, pelo método da reflexão crítica. As atividades foram conduzidas no eixo da Interação Comunitária, junto a centros de saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), e no projeto de extensão “Promoção de Saúde na Comunidade Escolar do Colégio de Aplicação da UFSC”. As práticas pedagógicas com graduandos, docentes, preceptores da SMS e pós graduandos envolveram reuniões de equipes, usuários e conselhos de saúde, atividades intersetoriais, integração comunitária, clínica ampliada, promoção da saúde bucal, com discussões crítico-reflexivas para significar o processo de trabalho em saúde bucal. Na extensão, realizaram-se parcerias com o Departamento de Odontologia da Universidade, a SMS e a Associação de Pais e Professor; reuniões interdisciplinares entre extensionistas, pós-graduandos e professores do colégio; atividades educacionais com metodologias ativas de ensino-aprendizagem (MAEA); emprego do Índice de Necessidades de Tratamento Odontológico; atividades de prevenção e atendimento clínico aos escolares. Houve aprendizagem pedagógica com conteúdos de epidemiologia, atenção à saúde, educação em saúde, planejamento, gestão e avaliação, controle social e aprendizados transversais. O estágio docente no contexto comunitário e de ensino pesquisaextensão favoreceu vínculos e as MAEA mostraram a potência do espaço formador para o futuro docente de Odontologia em Saúde Coletiva, capaz de promover uma formação mais harmônica ao perfil profissional almejado ao cirurgião dentista.
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