Doutora em Arquitetura e Urbanismo pela FAU/UNB, foi professora do curso de Arquitetura e Urbanismo do UniCEUB no período de 2003 a 2009. Atualmente é professora adjunta do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Ceará. Doutoranda em Arquitetura e Urbanismo pela FAU/UNB e professora do UniCEUB desde 2002. Arquiteto, consultor da empresa PRISMA Consultoria.
A vida [...] todo rio tem a sua veia corrente. O seu veio de corredeiras e tem seus remansos E toda corredeira lança tudo para o remanso O remanso aproxima-se da margem.Da correnteza ao remanso, uma eternidade Do remanso à margem, um pulo.[...] Eu fiz a travessia da minha vida... [...] Um dia a correntezaDepois de muita luta, muito esforço A correnteza me jogou no remanso E o remanso me jogou para a margem Senti uma solidez para os meus pés. Levantei, saí da água escorrendo com a dor, ainda sentindo no dorso aquelas três crianças.Depois pisei a terra firme da margem.As crianças saltaram do meu dorso E o que eu vi nesta hora... Esta hora foi a hora do deslumbramento.Eu havia carregado três crianças? Não.Três gigantes haviam me carregado. Eu não carreguei meus filhos;Três gigantes me carregaram. Saltaram de meus ombros três gigantesEu vi e compreendi que aquelas crianças que eu pensava que estava carregando agarradas aos meus cabelos, às minhas orelhas, Ao professor Leonardo Oliveira pelo apoio oferecido dentro do laboratório de conforto ambiental e pela contribuição de sua monitora Fabiana Mendes.A todos os meus alunos.À minha orientadora Raquel Naves Blumenschein pelo seu empenho em me entender e me guia Resumo A presente pesquisa trata do espaço de movimento do pedestre nas cidades contemporâneas, considerando ser este, fator determinante na definição das relações sociais das ruas e bairros.O trabalho relata a transformação ocorrida no papel desempenhado pela rua com a entrada dos veículos automotores no ambiente urbano, e o novo modelo de mobilidade associado a essa mudança, baseado na segregação entre modos de transporte; sua meta era a eficiência da mobilidade motorizada, que deveria dar-se por meio de uma rua desprovida de conteúdo social, ou seja, uma -via‖ de uso restrito à circulação veicular. Ao mesmo tempo, o pedestre deveria movimentar-se em espaços protegidos do intenso fluxo de automóveis, dentro de quarteirões expandidos que deveriam absorver o conteúdo social extraído da rua.Diversas experiências sobre a aplicação desse modelo foram realizadas e seu uso mostrou certa rejeição por parte dos pedestres, que mantiveram padrões de deslocamento baseados no uso compartilhado do espaço, estabelecidos previamente à estratégia de segregação. Os conflitos persistiram sobre as ruas e instalou-se uma divergência entre os planos urbanísticos e a real apropriação do espaço viário.O planejamento voltado a temas da grande escala das cidades, levou à desconsideração de demandas relativas à escala local, gerando um notável processo de desintegração dos elementos componentes do espaço destinado à movimentação do pedestre. A reação de retomada do papel social da rua, traz como argumento-chave uma mudança de cultura no sentido de enriquecer o ambiente urbano a partir da escala local, tendo como fim a priorização do pedestre e a redução do impacto do tráfego motorizado.Considerando que, em cidades contemporâneas, o espaço do pedestre encontra-se ameaçado, como no caso de Brasília, o estudo parte da hipótese de que o pr...
O espaço do pedestre é o objeto de estudo do “método de avaliação da rua”, proposto para analisar se o mesmo apresenta-se como um ambiente inclusivo ao pedestre. A estrutura de análise parte das contribuições de Anderson (1981), sobre espaços de compartilhamento e o conceito de “simpatria” na linha da ecologia urbana, bem como de Alexander (1965) sobre a ordenação dos sistemas urbanos e o conceito de complexidade associado às sobreposições ordenadas. A pesquisa identificou atributos relacionados a espaços inclusivos: permeabilidade, latência, robustez, acessibilidade, resiliência, complexidade, simpatria, articulação e vitalidade. O artigo apresenta parte de um estudo aplicado em determinadas ruas locais da cidade de Brasília e traz a análise de elementos referentes à dimensão morfológica, tais como a configuração espacial das ocupações e seu padrão de implantação. Os impactos sobre o espaço caminhável foram analisados a partir da relação entre a implantação dos blocos comerciais, as calçadas e as ruas. Os resultados mostraram como a mudança da forma interferiu na apropriação do espaço. Espera-se que o método proposto possa contribuir para a validação das ferramentas de avaliação qualitativa no processo de planejamento de ambientes inclusivos, favorecendo a restituição do espaço do pedestre como base para o florescimento do conteúdo social.
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