Resumo Politicas públicas para a educação infantil propõem aumento do número de crianças atendidas e incentivam a educação continuada. No entanto, conflitos são gerados e a qualidade desse nível de ensino está aquém da desejada. Este estudo tem por objetivo analisar a percepção de conhecimento de professores que atuam nesse nível de ensino sobre temas relativos à inclusão de crianças com deficiências em aulas regulares, e como eles procedem nesses casos. Trata-se de um estudo de campo com amostra aleatória, com professores regentes de classe e professores de educação física. Foi feito com aplicação de questionário que versava sobre autonomia; inclusão social; especificidade de crianças com deficiência; avaliação; adaptações e possibilidades de movimento corporal. A primeira parte de cada questão se referia à percepção do professor sobre seu conhecimento do tema em uma escala Likert, e a segunda solicitava que o professor fornecesse exemplos de como agiria com a situação. Na maioria das questões, mais da metade do grupo de professores relatou ter conhecimento precário, grande parte deles preferiu apresentar justificativas, ao invés de exemplificar ações que pudessem ser realizadas. Os poucos exemplos apresentados demonstram superficialidade no tratamento dos temas e ou desconhecimento do mesmo. Há um paradoxo: é desejável que a educação ocorra cada vez mais cedo, para possibilitar uma sociedade mais igualitária, mas o cuidado necessário com essas crianças pode estar em risco, bem como a oferta de vivências que lhes possibilitem atingir seu potencial de desenvolvimento. É necessário enriquecer diálogos entre diferentes setores da sociedade.

The goal of this study was to complete a systematic review of research on the occurrence the levels of physical activity (PA), forms of intervention and factors associated with this practice among preschool children. Studies published in the period between 2006 and 2016 were investigated, using the PubMed and SPORTDiscus databases. The search terms identified 177 articles, of which 41 met the inclusion criteria. Goals, methodologies and results were analysed. The studies used various cut-off points to establish the desired level of PA, along with different types of interventions. Overall, the problem of low level of PA among preschool children appears to be increasing. Involvement and participation of parents and teachers, guidance from booklets and other information sources, parent instruction and availability of extracurricular activities were considered positive factors that tended to increase children’s PA levels, whereas parental obesity was a negative factor. New studies to define sedentary behaviour in preschool children are required to clarify the nature of this problem, along with the establishment of prevention programmes with ecological design aimed at schools, families and other sectors of society.

Introduction: The global prevalence of metabolic syndrome (MS) among people living with HIV/AIDS varies from 20% to 33%. Objective: To estimate the prevalence of metabolic syndrome and associated factors in a group of HIV-infected patients on antiretroviral therapy. Methods: This is a cross-sectional study with HIV-infected patients from a reference center in Bahia, Brazil. We evaluated clinical, socio-demographic and anthropometric data. MS was defined according to the guidelines of International Diabetes Federation. Results: We evaluated 152 patients with mean age of 47.3±11.6 years, 59.2% male. The main comorbidities detected were diabetes (3.3%) hypertriglyceridemia (9.3%) and metabolic syndrome (MS,38.2%). Patients with MS were predominantly women (55.2% vs 31.9%; p=0.005), older [52.1 (10.4) vs 44.3 (11.3); p<0.001], and had overweight (74.1% vs 23.4%; p<0.001). After multivariate analysis MS remained associated with age (OR = 1.076; 95% CI: 1.030 – 1.125), female sex (OR = 2.452; 95% CI: 1.114 – 5.374) and family history of hypertension (OR = 3.678; 95% CI: 1.431 – 9.395). Conclusion: Almost half of HIV-infected patients in Bahia presents with MS which seems to be driven by classical risk factors.

O objetivo do estudo foi analisar o cotidiano na primeira infância na cidade de Santa Bárbara d’Oeste/SP verificando se estão sendo oferecidas oportunidades para a criança brincar. Trata-se de uma pesquisa de campo, com observação in locu da rotina de uma instituição de ensino infantil, análise documental e aplicação de formulário aos pais de 30 crianças, entre três e quatro anos de idade. Na instituição encontrou-se predominância de atividades direcionadas à assistência, alfabetização e ações manuais em detrimento de atividades motoras e brincadeiras de habilidades básicas. Fora da instituição as crianças tiveram poucas oportunidades de realizar atividades motoras; a maioria brincou em casa, com brinquedos industrializados, ou assistiu televisão. Verifica-se que tanto na instituição como fora dela, a primeira infância está sendo privada de oportunidades de brincar, desrespeitando-se um de seus direitos básicos.