A Retinopatia diabética (RD) é definida como a doença vascular da retina mais comum e é impulsionada por episódios prolongados de hiperglicemia. Quanto à etiologia, a causa envolvida na gênese da doença, é o aumento da hemoglobina glicada (HbA1c) e fatores de risco como hipertensão, dislipidemia, tabagismo, nefropatia e maior índice de massa corporal. Sua identificação depende de uma anamnese minuciosa, um exame físico bem detalhado e exames complementares. No que tange ao diagnóstico clínico, exames oftalmológicos são essenciais para identificação da patologia, exames de retina e acuidade visual também são utilizados quando necessários. Para auxílio diagnóstico, lança-se mão da angiografia com fluoresceína, tomografia de coerência óptica (TCO) e angiografia por TCO, fornecendo mais detalhes com melhor acurácia para, juntamente com os dados clínicos, obter o diagnóstico precocemente. Já a abordagem terapêutica, apresenta-se através do manejo farmacológico, cirúrgico e laserterapia. A abordagem farmacológica, terapia tradicional, utiliza inibidores do fator de crescimento endotelial (VEGF) e corticoides intravítreos para controlar as complicações da retinopatia diabética progressiva (RDP). A abordagem cirúrgica é indicada em situações como descolamento da retina, hemorragia vítrea, edema macular e é dividida em vitrectomia, vitrectomia via pars plana (VVPP) e endofotocoagulação. Já a abordagem por laserterapia é um tratamento definitivo que previne descolamento tracional da retina e o glaucoma neovascular, complicações da RD. Por fim, quanto à prevenção, é importante manter um controle glicêmico adequado para prevenir complicações diabéticas e, com isso, reduzir a incidência e progressão da RD.
O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é uma síndrome metabólica global em ascensão, caracterizada por resistência à insulina e níveis elevados de glicose no sangue. Quanto à epidemiologia, é um problema de saúde pública em rápido crescimento, com prevalência estimada de 90-95% dos pacientes diabéticos. Estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) preveem que 693 milhões de adultos vivendo com a patologia até 2045. Sua prevalência é maior em pessoas do sexo masculino, mais suscetivel em etinia asiática e predominante na população urbana. Quanto à fisiopatologia, DM é um distúrbio metabólico caracterizado por hiperglicemia crônica, que pode levar a complicações agudas e crônicas. Os tipos mais comuns são Diabetes Mellitus Tipo 1 (DM1), o Diabetes Mellitus Tipo 2 (DM2) e o Diabetes Mellitus Gestacional (DMG). Quanto às manifestações clínicas, os pacientes portadores de DM2 frequentemente não apresentam sintomas na fase inicial, o que dificulta o diagnóstico precoce. Quando presente, os sintomas da DM2 incluem poliúria, polidipsia, polifagia, formigamento e perda de peso não intencional. Estes sintomas também estão presentes na DM1. Sua identificação depende de uma anamnese minuciosa, um exame físico bem detalhado e exames complementares. Para diagnóstico definitivo, lança-se mão da glicemia plasmática de jejum, teste oral de tolerância à glicose (TOTG), hemoglobina glicada (A1c) e glicemia ao acaso, fornecendo mais detalhes com melhor acurácia para, juntamente com os dados clínicos, obter o diagnóstico. Já a abordagem terapêutica, apresenta-se através do manejo farmacológico e mudança de hábitos e estilo de vida. Existem quatro grupos principais de medicamentos antidiabéticos: biguanidas, secretagogos de insulina, sensibilizadores de insulina e insulina ou seus análogos que vão atuar com mecanismos diferentes para controlar o diabetes.
A Cardiomiopatia Dilatada (CMD) é uma doença cardíaca caracterizada pela dilatação do coração e diminuição da função contrátil, que pode levar a insuficiência cardíaca e morte súbita. A fisiopatologia da CMD envolve um processo de remodelação ventricular que leva à dilatação e enfraquecimento do músculo cardíaco. Múltiplos fatores, como estresse oxidativo, inflamação, disfunção mitocondrial e alterações no citoesqueleto celular, contribuem para essa remodelação ventricular. Quanto à epidemiologia, trata-se de uma doença rara, que afeta principalmente homens na terceira e quarta década de vida. Em crianças, a maior incidência ocorre em menores de 12 meses, com uma prevalência de 0,57 a cada 100.000 crianças e é mais comum em meninos. A prevalência da doença varia em diferentes países e populações, havendo uma predisposição genética para o desenvolvimento da CMD. O diagnóstico da CMD envolve avaliação clínica, exames laboratoriais, eletrocardiograma, ecocardiograma e ressonância magnética cardíaca. Já a abordagem terapêutica tem como objetivo controlar os sintomas, melhorar a função cardíaca e reduzir o risco de morte súbita. O manejo terapêutico inclui o uso de medicamentos como inibidores da enzima conversora de angiotensina, betabloqueadores e diuréticos, além de intervenções não medicamentosas, como restrição de sal, controle do peso, exercícios físicos supervisionados e nos casos mais graves o implante de um desfibrilador cardíaco ou transplante cardíaco. O prognóstico da CMD melhorou significativamente nos últimos anos com tratamentos farmacológicos, não farmacológicos e diagnósticos precoces por meio de pesquisas familiares. Assim, o acompanhamento regular com um cardiologista e a adesão ao tratamento são essenciais para o controle da doença e melhora da qualidade de vida do paciente.
As malformações arteriovenosas (MAV) são anomalias congênitas que afetam a estrutura vascular e podem ocorrer tanto no pulmão quanto no cérebro. A fisiopatologia da MAV envolve um desvio anormal do fluxo sanguíneo arterial para as veias, sem passar pelos capilares, o que pode causar hipoxemia, insuficiência cardíaca e outras complicações. Os sintomas das malformações arteriovenosas pulmonares (MAVP) incluem dispneia, cianose, hemoptise e embolia pulmonar. Já as malformações arteriovenosas cerebrais (MAVC) podem apresentar sintomas como convulsões, cefaléia, hemorragia intracerebral e déficits neurológicos. Quanto à epidemiologia, a prevalência da MAVP é rara e ocorre duas vezes mais em mulheres do que em homens, exceto em recém-nascidos, enquanto a MAVC é mais comum, com uma prevalência estimada de varia de 1,12 a 1,42 casos por 100.000 pessoas/ano. Múltiplos fatores, como anormalidades vasculares, modificações moleculares e alterações de fluxo das artérias e veias, influenciam significativamente no desenvolvimento de MAVs. O diagnóstico da MAV envolve a realização de exames de imagem, como radiografia de tórax, tomografia computadorizada (TC) e ressonância nuclear magnética (RNM). Já a abordagem terapêutica da MAVP pode envolver embolização arterial ou cirurgia, dependendo da extensão da lesão. Já a MAVC pode ser tratada com embolização endovascular, cirurgia ou radioterapia, também dependendo das características da lesão. Assim, com o diagnóstico e tratamento adequados, muitos pacientes podem ter uma qualidade de vida satisfatória e prevenir complicações graves.
A apendicite aguda (AA) é definida como a inflamação do apêndice vermiforme, órgão que exerce a função imunoprotetora. Quanto à etiologia, a causa envolvida na gênese da doença, é a obstrução do lúmen do apêndice por fecalitos, corpos estranhos, hiperplasia linfóide, parasitas ou tumores. Sua identificação depende de uma anamnese minuciosa, um exame físico bem detalhado e exames complementares. No que tange ao diagnóstico clínico, existem sinais semiológicos com grande acurácia para identificação da patologia, dos quais podemos mencionar os principais, como o Sinal de Blumberg e o Sinal de Rovsing. Para auxílio diagnóstico, lança-se mão da investigação laboratorial (concentração de proteína C reativa, o hemograma e a urina tipo I), e da investigação imagiológica, com a ultrassonografia, tomografia computadorizada e a ressonância nuclear magnética. Já a abordagem terapêutica, apresenta-se conservadora e cirúrgica, na qual a cirúrgica é dividida em apendicectomia por laparotomia, por laparoscopia (padrão multi-incisão), cirurgia endoscópica transluminal de orifício natural e a cirurgia laparoscópica de incisão única. A abordagem cirúrgica por videolaparoscopia é, atualmente, a mais indicada para o tratamento da AA, devido às suas vantagens quanto menor tempo de recuperação, redução das infecções do sítio cirúrgico e dor no pós-operatório. Apesar da abordagem videolaparoscópica promover um melhor prognóstico, as complicações ainda são presentes, principalmente em casos de AA complicada, sendo que as mais comuns são representadas por aderências pós-cirúrgicas e abscesso da parede abdominal.
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