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Objetivou-se estudar o efeito da utilização do melão in natura como dieta exclusiva para bovinos de corte, observando os efeitos dessa dieta sobre parâmetros bioquímicos e histologia hepática. Para a análise dos parâmetros séricos as concentrações plasmáticas de glicose, fosfatase alcalina, AST (aspartato aminotransferase), ALT (alanina aminotransferase) e ureia foram determinadas utilizando os sistemas de análises bioquímicas ADVIA 1800® e Hitachi 917®. As análises microscópicas (concentração de glicogênio e histopatologia hepática) foram efetuadas em microscópio ótico, com aumento de 40x (Olympus CX31, Olympus Ótica Co, Japão). Os valores dos metabólitos sangüíneos estavam dentro da normalidade para a espécie com exceção da taxa de glicose, que apresentou valores variando de 130,33 a 171,50 mg / dL, acima dos valores normais. A histologia hepática mostrou danos leves e acúmulo de glicogênio, condições decorrentes de uma dieta rica em carboidratos solúveis. A dieta exclusiva de melão é uma alternativa para substituir parte da dieta de bovinos de corte, é importante observar a adaptação dos animais à dieta e o tempo a que serão submetidos a ela.
RESUMO O objetivo deste trabalho foi apresentar o potencial de utilização do melão para a alimentação de ruminantes, destacando suas principais características bromatológicas e perspectivas quanto à utilização nos sistemas de produção. Atualmente o Rio Grande do Norte é o maior produtor da fruta de melão, correspondendo a 250 mil toneladas, seguido do Ceará com 200 mil toneladas da fruta, o que equivale a 90% da produção de melão brasileira anual. O fruto é rico em carboidratos solúveis e água, e constitui uma importante fonte de energia para os ruminantes. Dada a grande produção anual de melão e consequentemente grandes quantidades de subprodutos, o uso de frutos-refugo torna-se uma importante alternativa como fonte de alimento. Entretanto são escassas as informações na literatura no que diz respeito à saúde ruminal frente ao fornecimento desse subproduto na dieta de ruminantes. O ambiente ruminal é bastante sensível a alterações metabólicas de alimento e, apesar de seus constituintes orgânicos favorecerem a possíveis quadros de acidose, seu consumo é relatado, contudo de forma empírica sem levar em consideração a danos digestivos. O Nordeste brasileiro lidera a fruticultura irrigada, a qual destaca-se o melão, e em contrapartida carece de medidas que contribuam para sanar a problemática da falta de alimento durante as estiagens prolongadas, tornando o uso desses frutos uma alternativa para alimentação de ruminantes. Além de ser uma fonte potencial de nutrientes, seu uso pode ser importante do ponto de vista socioeconômico, reduzindo os impactos ambientais e produtivos, contribuindo inclusive para redução das perdas econômicas. Todavia são necessários mais estudos acerca de resposta dos animais em termos de saúde do rúmen frente ao consumo do melão, destacando os padrões de fermentação ruminal.
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