Contexto: Transtornos Mentais Comuns (TMC) causam intenso sofrimento psíquico, perda da qualidade de vida e problemas sociais, sendo frequentes entre estudantes universitários. Objetivo: Investigar a prevalência de TMC entre estudantes de Enfermagem em relação a aspectos sociodemográficos, acadêmicos e da pandemia da COVID-19, e descrever formas de alívio/ manejo em saúde mental na percepção desses estudantes. Métodos: Estudo descritivo, quantitativo, realizado com estudantes da graduação em Enfermagem de uma universidade do sul da Bahia, Brasil. Os dados foram coletados a partir de questionário eletrônico, que incluía o Self Reporting Questionaire-20 (SRQ-20). Nas análises de associações, calculou-se a Razão de Prevalência (RP) com Intervalo de Confiança (IC) de 95%. O nível de significância utilizado foi p<0,05. Resultados: Participaram do estudo 146 estudantes, com média de idade de 23,6 anos. A prevalência de TMC foi de 68,5% e esteve associada a sexo feminino, raça autodeclarada indígena, histórico de trancamento, reprovação em disciplina e situação irregular no curso, e ao sentimento de incapacidade em relação ao futuro devido à pandemia da COVID-19. Observou-se que 67,1% dos estudantes utilizava alguma forma de manejo em saúde mental, e percebiam como terapêuticos, dentre outras estratégias, apoio psicológico, psicofármacos e musicoterapia. Conclusões: O estudo evidenciou alta prevalência de TMC entre os estudantes, no contexto da pandemia, e descreve formas de manejo da saúde mental de (possíveis) uso dos mesmos, podendo servir como subsídio para a elaboração de estratégias de prevenção de sofrimento psíquico e promoção da saúde mental por parte das universidades.