A prevalência de ansiedade e depressão em universitários é alta, devido às exigências aos quais são submetidos. O contexto da pandemia de COVID-19 se apresenta como um fator de risco para o desenvolvimento destes transtornos. OBJETIVO: verificar o impacto na saúde mental de universitários de Alagoas devido ao momento de pandemia do COVID-19, e identificar a relação entre a prática de atividade física e sintomas de ansiedade e depressão. MÉTODO: estudo observacional, transversal. Utilizou-se um questionário sociodemográfico e Inventários de Ansiedade e Depressão de Beck, com amostra não probabilística, composta de 75 universitários, de instituições públicas e privadas de Alagoas. RESULTADOS: idade média dos sujeitos da amostra foi de 25,54 anos (±10,2), com a media de 170 dias sem aula ou em aula remota (± 68,7); média de 13,6 (±9,9) para depressão e média de 15,5 (±13,2) para ansiedade; correlação moderada negativa entre prática de atividade física e depressão (r = -0.509, p< 0.05) e ansiedade (r = -0.565, p < 0.05), indicando que quanto menor é o tempo de prática de atividade física mais grave é o nível depressão, e e mais grave a ansiedade. A literatura aponta que os universitários foram um dos grupos mais afetados psicologicamente pela pandemia de COVID-19. Pode-se afirmar que, na amostra, quanto menor foi o tempo de atividade física, maior foi o nível de ansiedade e depressão.