RESUMO: Este artigo busca problematizar os resultados de uma pesquisa que teve como objetivos identificar e analisar a produção de teses e dissertações concluídas em Programas de Pós-graduação em Antropologia a partir de 1990 no Brasil, entender como as questões educacionais foram incorporadas e tratadas teórica e metodologicamente nessas pesquisas e, contiguamente, compreender as condições de desenvolvimento do campo interdisciplinar na interface Antropologia e Educação. De natureza qualitativa e quantitativa, foram analisados cerca de 62 trabalhos. Os resultados depreendidos demonstraram que o olhar do antropólogo contribui para uma melhor compreensão das realidades em contextos de aprendizagens, sejam espaços de educação formal ou não, e contribuem densamente para o campo da educação.
Este artigo tem como objetivo compreender, apreender e interpretar, com a realização de uma etnografia numa escola estadual da zona rural de Minas Novas-MG, com um grupo de jovens alunos cujo pertencimento religioso é pela Igreja Evangélica Assembleia de Deus, como os jovens pensam e reagem às alteridades que carregam e visibilizam no ambiente escolar, por meio, sobretudo, de suas performances corporais nas aulas de Educação Física. Para isso, foram utilizados observação participante, caderno de campo, inclusive pelos alunos, entrevistas e depoimentos orais. O resultado revelou que eles se constroem como corpo marcado por uma lógica religiosa, na articulação entre o subjetivo e o social. Alguns dos alunos flexibilizam algumas regras e preceitos da Igreja a partir de seu entendimento da religião e comportamentos pessoais, pois incorporam marcas socioculturais que comunicam significados e simbologias que possibilitam sua distinção como fiel.
Este artigo tem como objetivo principal problematizar a divisão do trabalho pedagógico entre homens e mulheres que atuam em pré-escolas na Suécia. Nesse sentido, busca-se refletir sobre como as responsabilidades e tarefas são divididas a partir do gênero dos profissionais no cotidiano das pré-escolas. Dessa forma, utiliza-se como principal referencial teórico a categoria de “gênero”, a partir dos estudos de Judith Butler. Para tanto, parte-se de uma investigação mais ampla, realizada em duas instituições educacionais e cujo escopo da investigação se constituiu de nove profissionais, sendo sete mulheres e dois homens. Por meio da observação sistemática do cotidiano laboral desses profissionais, e apoiados nos estudos de gênero, os resultados apontaram que não há uma paridade no que diz respeito à na divisão de tarefas e práticas realizadas pelos profissionais investigados, visto que as mulheres trazem mais para si a responsabilidade de estabelecer normas e regras com as crianças.
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