Na região Semiárida, desde longo tempo a atenção foi voltada para o suprimento da água nas épocas da estiagem, fortemente entendida como problema da ‘seca’ na região. Nesse cenário surgiram sequencialmente as propostas e projetos de transposição das águras do rio São Francisco, que remonta à época imperial. Atualmente o projeto está em fase de finalização em alguns Estados, inclusive a Paraíba, cujos canais do Eixo Leste cortam o Estado no município de Monteiro. As famílias das áreas por onde têm passado a transposição vêm sendo assentadas em Vilas Produtivas Rurais (VPR), cuja ideia é destinar espaços para que estas deem continuidade às suas atividades agrícolas, diminuindo, assim, o passivo social. Em Monteiro a Vila Produtiva Rural Lafayette foi inaugurada em 1º de Dezembro de 2015, com 60 unidades habitacionais. Para entender a dinâmica dos reassentados da Vila Lafayette, a pesquisa objetivou analisar a visão destes sobre o Projeto de Integração das Águas do São Francisco (PISF), a condução da produção agrícola com ênfase na cultura do feijão, como contribuição à segurança alimentar e nutricional. Foram aplicados questionários com 38 moradores das 60 famílias resreassentadas. Os resultados apontam que a maioria dos reassentados (58%) é do gênero feminino, evidenciando a presença da mulher na atividade agrícola; 13% não são agricultores e 71% daqueles que se declararam agricultores praticam a agricultura no sistema convenciona. Com relação a produção agrícola 53% plantam o feijão consorciado com o milho e 71% não possui bancos de sementes. Quanto a percepção sobre o PISF e VPR 74% dos entrevistados acredita que o projeto de transposição será concretizado e 63% se dizem satisfeitos com prosposta da VPR, porém cobram melhorias, atenção em âmbito governamental para o cumprimento das promessas e propostas elencadas no Projeto de Integração das Águas do Rio São Francisco, para que sejam efetivadas as melhorias na Vila Produtiva Rural Lafayette.
Este artigo se propõe a refletir sobre as interações sociais de bichas pretas nas periferias de duas cidades brasileiras: Rio de Janeiro, RJ e Porto Velho, RO. Para tanto, buscamos no referencial teórico dos Estudos das Masculinidades em suas intersecções com raça e classe social, os elementos para analisar os dados produzidos a partir de observações participantes carregadas de nossas formulações pessoais e fruto de experiências vividas ao longo dos anos de 2019 e 2020. Deste modo, pensar nas bichas pretas a partir das masculinidades significa contestar padrões e regulações dos sentidos essencializados de ser homem e abrir possibilidades de se conhecer espaços sociabilidades.
A investigação objetiva identificar o que são e como operam as pedagogias do silenciamento para as LGBTQIA+ amazônicas, enquanto categoria subalterna, seguindo os estudos produzidos por Spivak (2010), analisar a (provável) correlação entre a política e a fé cristã em Rondônia, bem como, a existência, ou não, de influências do movimento cristão nas pautas que são ditas identitárias da comunidade transviada nortista, por fim, constrói-se a partir da reflexões de Sen (2011), Honneth (2009), apontamentos para uma justiça social que rompa com o silenciamento de pessoas LGBTQIA+ no contexto da Amazônia, e do Brasil. Adotou-se os procedimentos metodológicos de entrevista semiestruturada e a revisão bibliográfica. Em suma, aponta-se como caminhos para romper o ciclo de silenciamento a ampliação da representatividade ativa desses sujeitos, de modo que, possuam voz para narrarem suas histórias, desejos, afetos e epistemologias, para constituir memórias positivas sobre seus corpos e constituir políticas públicas de emancipação.
O trabalho infantil por meio de princípios constitucionais relacionados à ordem econômica e financeiraAntônio Alves Mendonça Júnior e Antônio Gomes de Vasconcelos . . . . . . .
Nos últimos quinze anos houve uma articulação progressista entre as políticas públicas que deram visibilidade a temáticas que uma parte significativa da sociedade brasileira gostaria de ver invisível: o uso social de nomes para travestis e trans, profissionalização e saúde da comunidade LGBTQI+, masculinidades e feminilidades dissidentes, os direitos e um processo de emancipação das pessoas negras, o acesso às universidades, os quais permitiram a construção de novas narrativas. Os Conselhos ligados aos grupos representantes dessas dissidências, organizados, exerceram pressão e conquistaram direitos que pareciam irreversíveis. Entretanto, o governo conservador instalado em 01 de janeiro de 2019, paralisou debates fundamentais que parecem relegados mais uma vez a clandestinidade. Entre estas temáticas, uma que perturba por ser a articulação de subalternidades e opressões diz respeito à construção das masculinidades negras, e o não lugar da bixa preta afeminada. A pesquisa está sendo realizada por meio da articulação de métodos que envolvem a etnografia escolar, a revisão bibliográfica e roteiro para entrevista focal. Até o momento, as indicações são de que a escola “invisibiliza” a sociedade ridiculariza, a polícia violenta e as ausências matam.
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