O presente texto tem como objetivo analisar o curta-metragem sergipano Nadir da Mussuca (2015) de Alexandra Gouvêa Dumas interpelando o corpo negro a partir da temática do território. Parte-se do pressuposto que o cinema – enquanto ferramenta pedagógica – contribui para reflexionar a história, a memória e a cultura dos povos africanos e afrodescendentes na formação do povo brasileiro instituída na lei 10.639/2003 que inclui no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade desta temática. Acredita-se que o documentário analisado foi representativo na medida em que trilha asserções pelo olhar de uma câmera que se propõe descolonizadora para potencializar o protagonismo ideológico comprometido com a ressignificação da existência negra.
Objetiva analisar o documentário “Caixa d’água Qui-lombo é esse?”, de Everlane Moraes (2013), para interpelar o negro a partir da temática da história e da memória. Deste modo se analisou a construção do documentário como um lugar de memória que registra a história que busca demarcar física, funcional e materialmente a trajetória de um povo, seus pertencimentos e identidades. Parte-se da hipótese que o cinema – enquanto ferramenta educativa – colabora para reflexionar a história e a memória dos povos africanos e afrodescendentes na formação do povo brasileiro instituída na lei 10.639/2003 como temática obrigatória no Ensino Regular. Partindo de uma análise fílmica de conteúdo (Penafria, 2009) com decomposição, descrição e recomposição temática, entendemos que o documentário questiona conteúdos históricos difundidos na educação brasileira como representação de verdades sobre os negros, deste modo não é tão-somente um simples modo de fazer e/ou pensar cinema, mas um comprometimento com a ressignificação da existência negra.
Entendemos que o cinema, enquanto ferramenta educativa, contribui para interpelar a história e a memória dos povos africanos e afrodescendentes na formação do povo brasileiro instituída na lei 10.639/2003 como temática obrigatória no Ensino Regular. Deste modo, objetivamos, a partir de uma análise fílmica, reflexionar a construção da personagem Chica da Silva no filme “Xica da Silva” (1976), de Carlos Diegues, considerando a representação do corpo negro. Nosso ponto de partida é a crítica dirigida ao filme (publicada no jornal semanário “Opinião” em 1976, declarado de cunho alternativo e de esquerda) pela historiadora Maria Beatriz Nascimento e a resposta do supracitado diretor, em entrevista concedida a Pola Vartuck, Estado de S. Paulo em 1978. Conclui-se que o filme aponta para uma contenda que indica um contexto de conflitos entre a perspectiva da esquerda na construção do movimento negro organizado e a produção do cinema novo nacional e suas alternativas, apontando fatores que traduzem a expressão do corpo negro feminino no referido filme.
This paper aims to analyze the documentary Caixa d’água: qui-lombo é esse?, by Everlane Moraes (2013), in order to investigateBlacknessbased onthe themesof history and memory. Thus, the construction of the documentary was analyzed as a place of memory that records the history that seeks to physically, functionally and materially demarcate a people’strajectory, their belongings and identities. The text starts withthe hypothesis that cinema –as an educational tool –collaborates to reflect upon the history and memory of African peoples and their descendantsin the formation of the Brazilian population,established in Law 10.639/2003 as a compulsory subject in regular education. Based on a film content analysis with thematic decomposition, description and recomposition, we understand that the documentary questions historical content disseminated in Brazilian education as a representation of truths about black people.Thus, it isnot only a simple way of making and/or thinking cinema, but a commitment to the resignification of black existence.
O presente texto tem como objetivo analisar o curta-metragem sergipano “O corpo é meu (2014)”, de Luciana Oliveira Vieira, interpelando o corpo da mulher como suporte material da mídia a partir das narrativas trazidas pela diretora na obra fílmica. O escrito se propõe a desnaturalizar as práticas que usam o corpo da mulher para fazer girar as engrenagens do capitalismo neoliberal relegando-as a objetos de consumo ou a corpos consumidores. Acredita-se que o documentário analisado foi representativo na medida em que se propõe a abalar e transformar pela – e na – luta coletiva de mulheres as dinâmicas tradicionais e conservadoras da sociedade. “O corpo é meu” se torna um mecanismo simbólico, uma produção cultural descolonizadora que evidencia a captura dessa transformação no estado de Sergipe, como parte de uma dinâmica cultural nacional e internacional comprometida com a ressignificação da existência da mulher.Palavras-chave: Documentário “O corpo é meu”. Mídia. Mulher. Corpo.ABSTRACTThe present text aims to analyze the 2014 short film from Sergipe called “O corpo é meu” by Luciana Oliveira Vieira questioning the woman’s body as material support of the media from the narratives brought by the director in the film work. The writing proposes to denaturalize practices that use women’s bodies to spin the gears of neoliberal capitalism by relegating them to consumer objects or consumer bodies. It is believed that the analyzed documentary was representative in that it proposes to shake and transform through – and within – the collective struggle of women the traditional and conservative dynamics of society. “It’s my body” becomes a symbolic mechanism, a decolonizing cultural production that highlights the capture of this transformation in the state of Sergipe, as part of a national and international cultural dynamic committed to the re-signification of women’s existence.Keywords: Documentary “O corpo é meu”. Media. Woman. Body.
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