Este texto evidencia a (re) construção historiográfica da fundação da Faculdade de Nutrição, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), no ano de 1976. A fundamentação teóricometodológica se ampara na Nova História com centralidade na História das Instituições Escolares, teorizada por Justino Magalhães, empreendendo diálogo com as fontes documentais: Projeto Pedagógico do Curso de Nutrição (PPCNUTRI, 2020) e a Resolução Nº 29 de 6 de julho de 1976, e referências do campo das ciências da saúde, da história e da própria nutrição, afim de compor um corpus documental e desse modo refletir sobre as verdadeiras intenções da formação do profissional nutricionista no contexto dos anos de 1970. A investigação possibilitou concluir que a inauguração do curso de Nutrição já era um movimento impulsionado desde a década de 1930, no governo de Getúlio Vargas, quando foi criado o primeiro curso de Nutrição da Universidade de São Paulo (USP), que mais tarde por volta dos anos de 1970 expande suas ofertas, chegando a região do Nordeste, primeiro em Recife, depois em Natal, tendo a intenção de formar profissionais nutricionistas para atuarem em questões sanitárias, e desse modo fortalecer o compromisso com a saúde pública, uma vez que a maioria das pessoas apresentavam nos anos de 1970 altas prevalências de doenças carenciais e o Brasil idealizava ser uma potência emergente em consonância com o binômio desenvolvimento e segurança, materializados na ideia de modernidade.
1 Alimentação saudável e o contexto familiar: práticas educativas mediadas pelo brincar, cuidar e educar Healthy eating and family ties: educational practices mediated by playing, caring and educating Alimentación saludable y lazos familiares: prácticas educativas mediadas por jugar, cuidar y educar Resumo O presente escrito trata-se de uma pesquisa, desenvolvida no contexto da Educação Infantil, tendo por objetivos discorrer como se organiza uma instituição de Educação Infantil, bem como refletir sobre as práticas educativas e hábitos alimentares das crianças dessa escola. Para a construção desse artigo, utilizou-se como campo empírico a sala do IV nível, composta por 25 crianças em idades correspondentes a 5 e 6 anos, pertencentes a classe social C, de um Centro Municipal de Educação Infantil (CEMEI), localizado na cidade de Natal-RN, no ano de 2017. A reflexão desse estudo se organiza a partir da análise documental do Referencial Curricular Nacional de Educação Infantil (RCNEI), da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) Nº 9.394/96, de autores do campo da educação, tais como: Vigostsky, Piaget, Wallon, Freire, Morin e de pesquisadores da área da nutrição que tratam da definição e dos conceitos de alimentação saudável. Ao longo do desenvolvimento dessa investigação, aplicaram-se dois projetos de ensino, um sobre alimentação saudável e outro sobre família, temas julgados necessários pela educadora responsável pela turma e pela coordenadora pedagógica. Através da aplicação desses projetos, foi possível verificar que as crianças se sentiram mais motivadas para praticar bons hábitos alimentares e, além disso, conseguiu-se trazer a família para a Research, Society and Development, v. 9, n. 3, e167932697, 2020 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i3.2697 2 escola, afim de que ela participasse ativamente da vida escolar dos seus filhos, ação difícil, pois o entendimento de boa parte das famílias é que a escola ainda se configura como um local de assistência, sendo responsável sozinha pela educação do educando. Palavras-chave: Alimentação saudável; Contexto familiar; Educação infantil; Práticas educativas. AbstractThe present writing is a research, developed in the context of Early Childhood Education, with the purpose of discussing how an early childhood education institution is organized, as well as reflecting on the educational practices and eating habits of the children of that school. For the construction of this article, the fourth level room was used as an empirical field, composed of 25 children aged 5 and 6 years, belonging to social class C, of a Municipal Center for Early Childhood Education (CEMEI), located in city of Natal-RN, in the year 2017. The reflection of this study is organized based on the documentary analysis of the National Curriculum Reference of Early Childhood Education (RCNEI), of the Law of Directives and Bases of Education (LDB) Nº 9.394/96, of authors in the field of education, such as: Vigostsky, Piaget, Wallon, Freire, Morin and researchers in the fi...
A principal finalidade da biofortificação é aumentar o valor nutritivo de alimentos básicos específicos. Alguns pesquisadores defendem que a biofortificação configura-se como uma importante estratégia ao combate a desnutrição e a fome oculta. Outros, no entanto, diferem a ela maciças críticas, apontam-na como uma técnica que não promove a nutrição humana e nem a segurança alimentar. Essas divergências a respeito do emprego da biotecnologia e o uso da engenharia genética na produção de alimentos é uma das principais polêmicas que vem sendo debatidas na contemporaneidade. Sendo assim, o objetivo do presente estudo foi elaborar uma revisão da literatura para discutir os aspectos positivos e negativos sobre a biofortificação de alimentos. Para o desenvolvimento das investigações, utilizou-se como metodologia pesquisas em bibliotecas digitais, com os descritores “biofortificação”, “nutrição”, “fome oculta”, “segurança alimentar”, obtendo como resultado 48 trabalhos, sendo lidos e analisados os seus respectivos resumos e introduções, selecionados para a discussão 27 produções científicas, publicados nos últimos 20 anos em língua portuguesa. Ao final da pesquisa, concluiu-se que a biofortificação de alimentos, apesar de possuir vários atributos positivos é uma estratégia complementar a outras intervenções já em vigor e que deve estar inserida em um contexto que contemple um sistema alimentar integrado, uma vez que a desnutrição, a fome oculta e a segurança alimentar e nutricional estão diretamente relacionadas às questões sociopolíticas e socioambientais.
Quando nos referimos à Agroecologia, estamos focalizando um conjunto de princípios (unidade) e, quando tratamos de Agriculturas Ecológicas, nos remetemos às manifestações concretas ou à materialização daqueles conceitos (diversidade), mediante formas de manejo específicas. Esse conjunto de iniciativas/experiências, a partir de uma visão holística, que considera a complexidade e a relação entre os diversos processos que ocorrem nos agroecossitemas, configura um modelo de agricultura com base em princípios ecológicos de produção, que contrapõe à agricultura moderna. O presente artigo teve como objetivo realizar um levantamento bibliográfico acerca dos principais sistemas de produção de base ecológica, com ênfase no sistema orgânico. Através de descritores previamente selecionados realizou-se uma busca ativa nas principais plataformas de pesquisa, por artigos, dissertações e teses que abordassem como tema principal ou secundário as principais formas de agricultura ecológica: Biodinâmica, Natural, Biológica e Orgânica. Muito além da ausência do uso de agrotóxicos, a adesão a uma agricultura de base ecológica, de forma mais específica, a agricultura de base orgânica, é expansiva e envolve questões sociais, ambientais e econômicas. Além de intrinsicamente defender o direito a vida e a saúde, de produtores e consumidores, a agricultura ecológica engaja a prática de uma economia solidária, valorizando os pequenos agricultores e contribuindo para sua independência, além de trazer consigo pontos importantes como sustentabilidade, preservação ambiental, respeito aos saberes locais e não desperdício de alimentos e recursos.
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