A ecomotricidade na apreensão da natureza: inter-ação como experiência lúdica e ecológica

Abstract

Desdobrando-se sobre a compreensão de que as concepções de ambiente são construídas a partir das experiências de movimento (motricidade), o presente artigo foca na ecomotricidade, compreendida como a inter-ação lúdica e ecológica com a natureza. Dessa forma, o objetivo do artigo é conceituar e contextualizar horizontes da natureza apreendidos a partir de experiências lúdicas (significadas pela alegria/prazer) na natureza, especialmente na medida em que se evidenciam processos de incorporação (naturalização) de preceitos ecosomaestéticos-ambientalmente éticos-ecopolíticos no habitus de movimento. As inferências sobre o tema são contextualizadas a partir de dados coletados em um projeto de pesquisa sobre a ecomotricidade no estado de Sergipe (2014-2017), no qual diferentes métodos (entrevistas; observações diretas em etnografias em movimento; narrativas diversificadas; análise de perfis sociais; análises linguísticas) foram utilizados para compreender as intencionalidades de inter-ação com o meio de indivíduos com vivências lúdicas regulares na natureza, assim como as relações e visões de mundo são (re)construídas a partir dessas vivências. A partir dessa perspectiva analítica, a discussão foca a ecomotricidade na apreensão da natureza, perspectiva específica no âmbito mais amplo das discussões sobre relações ser humano (sociedade)-natureza (mundo), pela qual vislumbra-se considerações do movimento imanente de humanos-e-não-humanos-sendo-com-a-natureza, em oposição a uma visão antropocêntrica de “conexão à natureza”. Entre os principais resultados da pesquisa apresentada, discute-se como os elementos “tempo” e “imersão” se destacam na macroanálise sobre a apreensão de horizontes da natureza a partir da ecomotricidade, sendo também apresentada uma síntese crítica como princípios possivelmente transferíveis (não generalizáveis) da ecomotricidade, vislumbrando contribuir para o debate sobre possibilidades e limitações da incorporação de preceitos ecológicos no habitus de movimento de indivíduos a partir de experiências lúdicas na natureza.

Untitled

“…We consider through social practice bicycling agroecological as a cognitive-educational process, an enactive proposal observing experiences agroforestry method, a work tool collaborates recovery of degraded areas for the production of quality food and a source permanent income due to the variety of species produced by farming families. In the same way, we perceive union of communities care for the common good 62 , as an example Ciclovida Project 63 bicycling campaign recovery of natural seeds, a cultural form values ecomotricity process human apprehension of nature in playful-ecological interaction 64 . The relationship between bicycling and agroecology promotes awareness of energy use and equity 65 as an ethical way of life, but as they are alternative social practices.…”

Marcos de teorías poscríticas para repensar la investigación en educación ambiental: la experiencia estética y la subjetividad en la formación de profesores y educadores ambientales

“…Adicionalmente, este estudio se basó en Iared (2015), Iared y Oliveira (2017), Payne (2013) y Payne et al (2018) quienes proponen el concepto "ecosomaesthetics (ecosomaestética)", el cual permite vincular la cuestión ambiental a la "somaesthetics (somaestética)", donde el término "soma" está relacionado con un cuerpo vivo y sensible que percibe, vive y actúa en el mundo, generando nuevos significados (Shusterman, 2008;Shusterman, Estevez & Velardi, 2018). Por otro lado, el prefijo "eco" incorpora un abordaje ecocéntrico para las investigaciones y prácticas (Payne et al, 2018) a partir de una perspectiva no antropocéntrica (Payne et al, 2018;Rodrigues, 2019). Tal enfoque amplía las miradas de la educación ambiental al comprender a los seres humanos en el mundo, su relación con la naturaleza de modo horizontal e integrado, su percepción y su capacidad para significar las experiencias (Payne et al, 2018).…”

“…De esta forma, para Kawahara y Sato (2017) los caminos para la educación ambiental en el marco de las teorías poscríticas consideran al sujeto y las relaciones intersubjetivas del ser humano, creando nuevas posibilidades de prácticas que fortalecen las relaciones humanas. Además, al valorar la afectividad y la subjetividad se inician nuevos caminos para la IEA (Iared & Oliveira, 2017;Iared, 2019;Kawahara & Sato, 2017;Payne, 2016;Rodrigues, 2019) que permiten redimensionar los significados de las relaciones con la naturaleza y generar avances no solo teóricos en el campo, sino también a nivel de experiencias y prácticas educativas.…”

Formação de professores e educadores ambientais: diálogos generativos para a práxis

“…A modalidade EAD tem crescido no país (INEP, 2019), mas os significados para a formação do professor/educador ambiental têm sido pouco debatidos. No mapa mental, a superação para essas questões passa pelo (re)conhecimento do papel da universidade e da ciência contemporânea; pela organização dos saberes plurais, e é lograda quando buscamos a valorização dos contextos geopolíticos culturais e históricos na PEA, inclusive como fatores condicionantes da forma como aspectos estéticos são mobilizados em uma experiência (na natureza) (RODRIGUES, 2018(RODRIGUES, , 2019.…”