Durante a pandemia da COVID-19, a automedicação se intensificou devido a diversos fatores, como a facilidade de obtenção de medicamentos sem receita médica, a dificuldade de acesso aos serviços de saúde e a ampla divulgação midiática de fármacos de venda livre para a população. Diante disso, o presente estudo objetivou avaliar a prevalência e fatores associados à automedicação na pandemia de COVID-19. A obtenção de dados ocorreu por meio da aplicação de um questionário sobre a prática de automedicação durante a pandemia por COVID-19. O questionário online foi enviado para indivíduos com 18 anos ou mais, residentes da região metropolitana de Belém. Dessa forma, obteve-se uma totalidade de 273 respostas válidas. A partir da avaliação dos dados, notou-se prevalência da prática no sexo feminino, em adultos jovens e indivíduos sem o ensino superior. Ademais, entre os medicamentos utilizados, destacam-se os analgésicos não opioides e Anti-inflamatórios Não Esteroidais (AINEs). De posse desses e de outros dados, políticas públicas podem ser pensadas para minimizar a prática da automedicação descontrolada, evitando o surgimento de efeitos adversos pelo uso irracional de fármacos, principalmente durante situações de grande risco a saúde pública.