Durante a pandemia da COVID-19, a automedicação se intensificou devido a diversos fatores, como a facilidade de obtenção de medicamentos sem receita médica, a dificuldade de acesso aos serviços de saúde e a ampla divulgação midiática de fármacos de venda livre para a população. Diante disso, o presente estudo objetivou avaliar a prevalência e fatores associados à automedicação na pandemia de COVID-19. A obtenção de dados ocorreu por meio da aplicação de um questionário sobre a prática de automedicação durante a pandemia por COVID-19. O questionário online foi enviado para indivíduos com 18 anos ou mais, residentes da região metropolitana de Belém. Dessa forma, obteve-se uma totalidade de 273 respostas válidas. A partir da avaliação dos dados, notou-se prevalência da prática no sexo feminino, em adultos jovens e indivíduos sem o ensino superior. Ademais, entre os medicamentos utilizados, destacam-se os analgésicos não opioides e Anti-inflamatórios Não Esteroidais (AINEs). De posse desses e de outros dados, políticas públicas podem ser pensadas para minimizar a prática da automedicação descontrolada, evitando o surgimento de efeitos adversos pelo uso irracional de fármacos, principalmente durante situações de grande risco a saúde pública.
Introdução: A obesidade é uma doença crônica, multifatorial e que gera repercussões sistêmicas; caracterizada por um Índice de Massa Corporal (IMC) maior que 30. O isolamento social na pandemia do COVID-19 interferiu diretamente no tratamento dos pacientes obesos e adoeceu pacientes antes sem a comorbidade. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica qualitativa, com busca de estudos nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Google Scholar, PubMed e Scientific Library Online (SciELO). Para a pesquisa, utilizou-se os descritores COVID-19, isolamento social, obesidade, saúde mental e transtornos alimentares. Incluíram-se publicações entre 2017 e 2021 em português e inglês disponíveis em texto completo. Foram selecionados 15 artigos dos 71 encontrados. Resultados e discussão: percebeu-se que o isolamento interfere negativamente no tratamento de pacientes obesos, pois os locais de prática de exercícios físicos ficaram restritos e a reclusão domiciliar dificulta o tratamento. Outro problema está no desenvolvimento de compulsão alimentar, já que a comida está sendo utilizada para aliviar problemas de ansiedade, depressão e estresse. Conclusão: O COVID-19 causou problemas que vão além dos casos de infecção pelo vírus, pois o isolamento social afetou diretamente o tratamento de pacientes obesos.
Nos últimos anos o vírus causador da Aids (HIV), passou a ser mais expressivo na terceira idade, fato que não progrediu junto à melhoria na assistência médica de maneira suficiente para combatê-lo, despertando questionamentos sobre a qualidade das intervenções médicas no cuidado à pessoa idosa. Por conta disso, este estudo teve como objetivo discutir a importância das intervenções médicas na assistência em saúde a idosos com HIV/Aids. Trata-se de uma revisão narrativa, o processo de coleta de dados realizado no período de setembro a dezembro de 2021, com acesso às plataformas: SciELO, PubMed, Google Acadêmico, Biblioteca Virtual em Saúde e DATASUS. Nos estudos analisados, os achados foram de que, por despreparo em trabalhar com assuntos relacionados à sexualidade do idoso, seja pela diferença de idade e/ou pelo gênero, muitos profissionais expõem os idosos a vulnerabilidades: maior risco de exposição ao vírus devido a carência de informações sobre o tema e negligência em diagnósticos, como por exemplo, tal invisibilidade da sexualidade da pessoa idosa se refletir na sorologia anti-HIV não ser rotina na atenção primária, comprometendo o diagnóstico e o tratamento precoce do HIV/Aids com manutenção da cadeia de contaminação e transmissão do vírus entre essa população. Conclui-se que a necessidade de os profissionais abordarem diversos temas relacionados à vida do idoso, para contemplar as várias dimensões de sua existência incluindo a sexualidade, e que os gestores elaborem políticas públicas que favoreçam tal abordagem.
Introdução: A prolactina (PRL) é um hormônio sintetizado e secretado pelas células lactotróficas da adeno-hipófise, tendo como principal função o estímulo à lactação. A hiperprolactinemia é definida como o excesso da produção de prolactina, sendo o distúrbio hormonal hipofisário mais frequentemente encontrado na prática médica. Metodologia: Consiste em uma revisão da literatura, de abordagem qualitativa e integrativa, acerca do manejo terapêutico da hiperprolactinemia. Os textos científicos foram selecionados na Scientific Electronic Library Online (SciELO) e na U. S. National Library of Medicine (PubMED), utilizando os descritores “hyperprolactinemia” e “treatment”. Resultados e discussão: O manejo terapêutico da hiperprolactinemia depende do estabelecimento da sua etiologia, que pode ser patológica, incluindo prolactinomas e hipotireoidismo primário; farmacológica, com o uso de antipsicóticos; ou fisiológica, por lesões da parede torácica, estresse ou amamentação. Em geral, o tratamento tem por objetivo a conservação ou a recuperação do funcionamento gonadal e a prevenção de efeitos secundários do aumento dos níveis de PRL, como a osteoporose. Conclusão: Com a revisão da literatura científica, percebe-se que a investigação da etiologia da hiperprolactinemia é fundamental para a decisão terapêutica. A abordagem clássica, realizada com os AD, especialmente a CAB, ainda é considerada primeira linha para o tratamento de prolactinomas, independentemente do tamanho. Outras opções medicamentosas abrangem a TRH, como o Tamoxifeno e o Clomifeno, que se mostraram opções benéficas para macroprolactinomas invasivos e resistentes; e restauração do eugonadismo, respectivamente.
RESUMOO SARS-CoV-2 é transmitido por meio do contato direto com secreções de pessoas infectadas, e como prevenção se associa a utilização de máscaras ao distanciamento social. E diante do cenário pandêmico, estudantes de medicina de uma Universidade Pública em Belém do Pará, dentro do formato 'Aprendizado Baseado em Problemas', do inglês Problem Based Learning (PBL), foram afastados da maioria das atividades acadêmicas propostas no projeto pedagógico do curso, o que resultou em prejuízo acadêmico e impacto psicológico. O objetivo desse trabalho foi relatar a percepção de estudantes do curso de medicina de uma universidade pública, em uma situação de pandemia, quanto à suspensão das aulas, e às implicações na saúde mental. A experiência foi vivenciada pelos acadêmicos, de agosto a dezembro de 2020. Nesse contexto, como consequência à pandemia de COVID-19 e às medidas de prevenção necessárias, a maioria das atividades universitárias presenciais foram substituídas para o formato online, o que prejudicou os rendimentos acadêmicos. Além disso, os alunos se sentiram afetados por problemas psíquicos e, notou-se o aumento da depressão e da ansiedade, principalmente entre discentes anteriormente tratados e que se sentiam curados de distúrbios psicológicos, também foi relatado a exacerbação da dependência de tecnologias digitais. Ainda, o aumento das cobranças acadêmicas, mesmo de forma online, levou ao adoecimento de muitos discentes, que por muitas vezes não conseguiram gerir todas as atividades que lhes foram propostas. Os reflexos dos distúrbios psicológicos foram demonstrados pela desesperança quanto ao futuro, principalmente quando tinham que participar das práticas presenciais de habilidades médicas, além do aumento do sentimento de melancolia, desânimo, preocupação e a ausência de entusiasmo para realizar tarefas, o que resultou no desinteresse pela continuidade dos estudos no período de isolamento social. Assim, muitos alunos não conseguiram atingir os objetivos propostos pela instituição devido ao abalo da saúde mental, ao aumento da cobrança acadêmica, e à preocupação com a sua saúde e de familiares. Considera-se que os universitários estão adoecendo em decorrência do cotidiano repleto de estress e incertezas, somado a excessivas cobranças, o que desencadeia distúrbios psíquicos, como a depressão e a síndrome de Burnout. Ademais, o ensino online não prepara adequadamente esses discentes à realidade de trabalho que viverão, uma vez que a carga horária teórica de cursos de saúde que utilizam o PBL, correspondem a 20% da carga horária total do curso. Somado a isso, o agravo dos sintomas pré-existentes e o surgimento de novos em discentes que antes já tratavam alguma doença psicológica, foi notado durante o isolamento social, por causa da pandemia de COVID-19. Diante de situações extremas, como as impostas pela pandemia, a presença de profissionais psicólogos através de teleatendimento precisa ser mais frequente no acompanhamento aos discentes, principalmente junto àqueles com prévios sintomas psíquicos, para melhor...
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