Este artigo tem como objetivo investigar quais as possíveis condições de emergência das demandas por diagnósticos psiquiátricos advindas das escolas atuais, em destaque, as escolas públicas brasileiras. A investigação teve início contrapondo diferentes modelos de escola ao longo do tempo, demonstrando como cada um destes produziu em sua conjuntura, um modelo norma-desvio que fundamenta a prática escolar. Ao longo da discussão, a dimensão diagnóstica emergiu atrelada à crescente sistematização avaliativa das escolas, corroborando com a dimensão neoliberal de uma escola que busca alcançar lucros. Em uma problematização teórica que dialoga com os estudos foucaultianos, pode-se demonstrar o quanto a emergência por diagnósticos psiquiátricos faz parte da atual racionalidade governamental da instituição escola. Nas conclusões, a questão referente ao diagnóstico psiquiátrico apresenta-se como uma modulação da diferença, cuja demanda crescente no contexto escolar mencionado reflete, de forma estratégica, a igual crescente busca por bons índices nas avaliações em larga escala.