2012
DOI: 10.22409/gragoata.v17i32.33031
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A invenção do monolinguismo e da língua nacional

Abstract: O monolinguismo social, longe de ser um fenômeno espontâneo, frequentemente é o resultado de uma série de operações glotopolíticas de homogeneização de populações falantes de várias línguas, um resultado que é mantido artificialmente pelo Estado. O artigo mostra como esses processos históricos se vinculam à emergência dos Estados-nação e das Nações-estado que se forjaram na Europa a partir do século XVIII, ao tempo que se espalhava a ideologia da ‘língua nacional’.

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“…Retornando nosso olhar localmente, para um contexto alegadamente monolíngue como o Brasil, acabamos muitas vezes ignorando as possibilidades de reflexão sobre a comunicação como uma prática de construção de sentidos contingente, negociada e, no fundo, nunca atingida em sua suposta totalidade. Isso ocorre, a nosso ver, a partir da instauração e solidificação de uma normalidade linguística baseada na invenção da tradição de monolinguismo (Monteagudo, 2012). Consideramos fundamental, portanto, perceber, junto com nosses alunes, que aquilo que entendemos como língua portuguesa é, assim como as outras línguas, uma construção política baseada no pressuposto fundante da linguística moderna conhecido como tríade de Herder: para cada povo haveria uma cultura, uma língua, uma nação, como mencionamos anteriormente.…”
Section: Praticando a Translinguagem E Desinventando A Línguaunclassified
“…Retornando nosso olhar localmente, para um contexto alegadamente monolíngue como o Brasil, acabamos muitas vezes ignorando as possibilidades de reflexão sobre a comunicação como uma prática de construção de sentidos contingente, negociada e, no fundo, nunca atingida em sua suposta totalidade. Isso ocorre, a nosso ver, a partir da instauração e solidificação de uma normalidade linguística baseada na invenção da tradição de monolinguismo (Monteagudo, 2012). Consideramos fundamental, portanto, perceber, junto com nosses alunes, que aquilo que entendemos como língua portuguesa é, assim como as outras línguas, uma construção política baseada no pressuposto fundante da linguística moderna conhecido como tríade de Herder: para cada povo haveria uma cultura, uma língua, uma nação, como mencionamos anteriormente.…”
Section: Praticando a Translinguagem E Desinventando A Línguaunclassified
“…Se podría pensar que la agenda de los medios de prensa no está motivada por una necesidad de implementar acciones de higiene verbal (Cameron, 1995), pero es esperable que preocupaciones de esta índole surjan en la Cámara de Representantes, ya que la lengua está fuertemente ligada a la idea de identidad nacional y es imprescindible para la cohesión de un Estado moderno (Oroño, 2016). Monteagudo (2012) sostiene que en el modelo de estado-nación napoleónico debe haber una relación uno a uno entre Estado y nación, por lo tanto, una de las funciones de las instituciones educativas es la de generar una identidad nacional mediante la enseñanza de una única lengua nacional, con un único modelo de ejemplaridad, que deberá ser fijo y estable.…”
Section: º Eje -El Lenguaje Inclusivo Como Problemaunclassified
“…Conforme Barbosa (2013), esses agentes deslegitimam o uso de duas línguas em contextos educacionais e sociais, defendem o distanciamento de outras culturas e, ao fazerem isso, afetam negativamente o direito à pluralidade linguística e cultural de falantes de mais de uma língua. Além de não ser um movimento social espontâneo, o monolinguismo é um projeto de homogeneização estruturado para que pessoas optem por uma só língua e entendimento de nação (MONTEAGUDO, 2012). Como consequência dessa defesa do uso apenas do inglês, existe um processo de assimilação a essa língua em detrimento ao desenvolvimento escolar plurilíngue.…”
Section: Introductionunclassified