A língua pomerana em percurso histórico brasileiro: uma variedade (neo)autóctone

Abstract

Este trabalho tem por objetivo propor o estudo da língua pomerana falada no Espírito Santo como uma variedade (neo)autóctone brasileira, a partir da sua vitalidade linguística e do seu uso contínuo durante o longo período de tempo na região. A discussão se desenvolve a partir das perspectivas histórica e linguística, relacionando conceitos referentes à língua de imigração, territorialidade e autoctonia. Partimos dos estudos de Tacke (2015) e Zenker (2011) para propor o reconhecimento da autoctonia desta língua de imigração e delimitamos o estudo ao Município de Santa Maria de Jetibá, reconhecido como o mais pomerano do Estado. Inicialmente apresentamos uma ambientação sócio-histórica do Brasil à época da imigração e em seguida discorremos sobre o uso atual da língua pomerana no locus selecionado para o estudo. Finalmente, com base no suporte teórico selecionado, propomos a definição de língua (neo)autóctone brasileira para a variedade pomerana em questão.

Deutsche und weitere germanische Sprachminderheiten in Lateinamerika

“…ethnische Gruppe in einem Gebiet befindet, wie Zenker (2011) und Tacke (2015) bemerken. In unserem Aufsatz aus dem Jahr 2017 (Savedra / Mazzelli, 2017) stellten wir Zenkers (2011) Studien zur Autochthonie aus einer anthropologischen Sicht vor, in denen der Autor eine Überarbeitung des Begriffs "autochtony" auf der Grundlage der neuesten Studien über Ethnizität macht. Zenker kommt zu dem Schluss, dass Indigenität als eine partikuläre, die Autochthonie konstituierende Version verstanden werden sollte, und dass der Begriff "autochtony" nicht direkt mit der indigenen Kategorie, die bis dahin die üblich verwendete Terminologie war, um Autochthonie zu bezeichnen, verbunden werden sollte.…”

A Língua Pomerana Do Rio Grande Do Sul: Revisão De Literatura

“…Dois dos estudos encontrados investigam aspectos da língua pomerana usada no RS (BEILKE, 2016;KAUFMANN, 2017), embora abordem igualmente a variedade falada no ES e em MG. A abordagem do pomerano falado em outros estados do Brasil, aliás, é predominante nos estudos da língua (por exemplo, MORENO;GABRIEL, 2020;POSTMA, 2014;SAVEDRA;MAZZELLI-RODRIGUES, 2017;TRESSMANN, 2006aTRESSMANN, , 2006bTRESSMANN, , 2008TRESSMANN, , 2009, motivo que ressalta a relevância do presente trabalho.…”