“…2 O diálogo com a proposta da micro-história se torna potente nessa tarefa, principalmente em relação ao paradigma indiciário, proposto por Ginzburg (1990), em que a leitura dos indícios, dos vestígios, se torna um dos procedimentos centrais da pesquisa em cidades como Joinville, para tratamento dos alienados (Melo, 2000;Gomes; Pasqualotto; Baptista, 2016.). Até a fundação da Colônia Santana, diferentes destinações eram dadas aos chamados alienados mentais: encarceramento na cadeia pública, envio ao Hospício Pedro II no Rio de Janeiro, às custas do estado, internação no Asilo de Azambuja, de Brusque, gerido pelas irmãs da Congregação da Divina Providência, e ao Abrigo Municipal de Alienados Oscar Schneider 3 , de Joinville, instituições que abrigavam pacientes vindos de diversas cidades do estado.…”