2015
DOI: 10.13037/rbcs.vol13n43.2730
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Álcool e outras drogas e a implantação da política de redução de danos no Brasil: Revisão narrativa

Abstract: Introdução: O uso de substâncias psicoativas sempre fez parte da história da humanidade, de diferentes formas e em diversos contextos culturais, e as políticas de redução de danos se constituem em estratégias de intervenção. Objetivo: Analisar artigos publicados on-line em periódicos nacionais, no período de 2006 a 2012, relativos às políticas de redução de danos no Brasil e à maneira como estas vêm sendo implantadas. Método: Trata-se de uma revisão narrativa. A busca bibliográfica foi desenvolvida na Bibliote… Show more

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“…Observa-se o medo e o preconceito dos profissionais de saúde frente à temática; a abordagem de RD constitui-se como fator polêmico para a sociedade e para os profissionais de saúde, havendo dificuldades para a comunidade aceitar a intervenção de RD, sob a alegação, por exemplo, de que "em sua região, não há usuários de substâncias psicoativas e que, se estão ali, é devido à disponibilidade dos kits de redução de danos" (p. 86). 12 A redução de danos é tida pelos profissionais como práticas cotidianas orientadas por explicações que oscilam entre argumentos científicos e pensamentos do senso comum, procurando, ao mesmo tempo, explicações em torno de estratégias de redução de danos e de abstinência. Os profissionais convivem com ambiguidades nas práticas relativas à RD, na medida em que articulam ideias a respeito das drogas como algo que provoca prejuízos, ao mesmo tempo em que destacam a possibilidade de convivência com as drogas ao adotar estratégias de redução de danos.…”
Section: Resultsunclassified
“…Observa-se o medo e o preconceito dos profissionais de saúde frente à temática; a abordagem de RD constitui-se como fator polêmico para a sociedade e para os profissionais de saúde, havendo dificuldades para a comunidade aceitar a intervenção de RD, sob a alegação, por exemplo, de que "em sua região, não há usuários de substâncias psicoativas e que, se estão ali, é devido à disponibilidade dos kits de redução de danos" (p. 86). 12 A redução de danos é tida pelos profissionais como práticas cotidianas orientadas por explicações que oscilam entre argumentos científicos e pensamentos do senso comum, procurando, ao mesmo tempo, explicações em torno de estratégias de redução de danos e de abstinência. Os profissionais convivem com ambiguidades nas práticas relativas à RD, na medida em que articulam ideias a respeito das drogas como algo que provoca prejuízos, ao mesmo tempo em que destacam a possibilidade de convivência com as drogas ao adotar estratégias de redução de danos.…”
Section: Resultsunclassified
“…11,13 The knowledge derived from the population that consumes PASs is of great relevance to suggest Harm Reduction Strategies (HRS) in a broad perspective of care that does not remove these people from their social reality. [14][15] The analysis of the systemic or organizational principle proposed by Morin showed that understanding such a phenomenon is only possible by starting with the analysis of the parts and the whole at the same time, since the changes that occur in an element will reach the general phenomenon. 3 Based on the perspective of HRS, priority has to be given to the dialogue between users and health professionals, non-conditioning of the health practice to total and immediate abstinence, stimulation of self-care practices, construction of a shared therapeutic project, establishment of goals to be achieved in the search for citizenship, counseling to decrease the quantity/frequency of drug use, non-exposure to unsafe/violent places, techniques for using clean inputs and materials for substance use, avoiding exposure by not sharing these instruments, suggesting to keep the body well hydrated and avoiding to use substances when the stomach is empty, investment in learning in the refusal of psychoactive substances offered during the stay in the public spaces, and the strengthening of affective bonds.…”
Section: Discussionmentioning
confidence: 99%
“…Destarte, além do acolhimento, a equipe deve estar preparada para desenvolver ações de socialização e prevenção dos possíveis agravos dos usuários da sua área de abrangência, como por exemplo, gerar e estimular atividades ou orientações em grupo com a população (adoecida ou não), seus familiares/ cuidadores, intervenções domiciliares para diminuição da sobrecarga da família cuidadora, utilização dos espaços públicos contidos no território para promoção da cidadania dos usuários e a abordagem de redução de danos (11) . Além do estímulo ao desevolvimento de Projeto Terapêutico Singular, o qual baseia-se em uma proposta de cuidado que busca suprir as demandas de saúde das pessoas que são assistidas pela ESF, mas sempre considerando a individualidade de cada usuário e, por isso, conta com a equipe multidisciplinar, articulando saberes, práticas e conhecimento dos dispositivos comunitários, possibilitando a inserção da população em seu próprio contexto social (12) .…”
Section: Discussionunclassified