A doença meningocócica (DM) persiste em todo o mundo sob formas de surtos, epidemias ou casos esporádicos, apresentando considerável letalidade e seqüelas 22 26 . Formas clínicas clássicas são agrupadas como meningite e/ou meningoencefalite sem e com septicemia, e como septicemia sem acometimento do sistema nervoso central. Meningite e septicemia são acometimentos muito diferentes, com fisiopatogenia, tratamentos e desfechos distintos 29 32 34 . E, a própria septicemia apresenta letalidade variável, entre 20 a 80% 10 21 32 , na dependência de múltiplos fatores, desde o acesso ao tratamento e qualidade deste até o tipo e a intensidade da resposta do paciente à endotoxina bacteriana, entre outros. Por outro lado, são referidas como formas localizadas 23 28 , artrite, pneumonia, sinusite, traqueíte, faringite e outras, que por serem mais brandas costumam ser diagnosticadas apenas sindromicamente e, possivelmente também por isso, raramente associadas à Neisseria meningitidis. As formas polares mais comuns de meningococcemia fulminante ou de meningite/meningoencefalite são de fácil diagnóstico, embora o próprio reconhecimento da DM, ao primeiro atendimento, seja considerado difícil, envolvendo diversos diagnósticos diferenciais 13 .
ABSTRACT
In order to asses the clinical forms of meningococcal disease, we reviewed 201 cases diagnosed as meningococcal disease in the University Hospital of the Fluminense Federal University in Rio deA observação inicial do doente sem critérios homogêneos de classificação clínica, pode dificultar a comparação entre os pacientes, a indicação da terapêutica e o prognóstico, mesmo em relação às formas mais freqüentes da DM, sugerindo a necessidade de definições mais claras de caso da doença