O cacau (Theobroma cacao L.), possui relevância no mercado comercial e na indústria de produção de chocolate. No Brasil, o cacaueiro é amplamente cultivado na região Norte, com destaque para o estado do Pará, onde o cacau das ilhas de várzea do Baixo Tocantins é influenciado por fatores naturais e práticas tradicionais de cultivo. Para obter subprodutos do cacau, são realizados alguns procedimentos. A etapa de secagem é crucial nesse processo para garantir a estabilidade do alimento, reduzindo o teor de água, ela pode ser realizada naturalmente em terreiros suspensos ou artificialmente em um secador vertical com ar induzido forçado. O presente estudo objetivou-se analisar a cinética de diferentes tipos de secagem de amêndoas de cacau nativo das ilhas de várzea do Baixo Tocantins, submetendo-as a tratamentos específicos, incluindo silo secador com ar aquecido a 60°C (T1), silo secador sem ar aquecido (T2) e secagem em terreiro suspenso (T3), bem como ajustar diferentes modelos matemáticos nos processos. Os modelos de Henderson e Pabis, Valcam e Page proporcionaram os melhores ajustes aos dados experimentais dos tratamentos T1 (silo secador com ar aquecido a 60°C), T2 (silo secador sem ar aquecido) e T3 (terreiro suspenso), respectivamente. As taxas de secagem foram de 3,9%, 1,9% e 3,9% para os tratamentos T1, T2 e T3, sequencialmente, indicando a influência do tempo de secagem e temperatura na taxa de secagem das amêndoas. Esses achados ajudam a entender a secagem das amêndoas de cacau, melhorando seu aproveitamento na produção de subprodutos de qualidade, como o chocolate.