O objetivo dessa pesquisa foi avaliar, historicamente, o comportamento (de aumento ou redução) de alguns indicadores da coleta seletiva praticada no Brasil, tomando como referência os dados do SNIS do período compreendido entre 2011 e 2020. Os dados analisados foram extraídos do Diagnóstico do Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos publicado anualmente em sites oficiais do Governo Federal. Foram escolhidos 08 indicadores: Taxa de cobertura da coleta seletiva porta-a-porta em relação a população urbana, Taxa de recuperação de recicláveis em relação à quantidade de resíduo domiciliar e público, Massa recuperada per capita, Relação entre quantidades da coleta seletiva e resíduo domiciliar, Incidência de papel/papelão sobre total de material recuperado, Incidência de plástico sobre total de material recuperado, Incidência de metais sobre total de material recuperado, Incidência de vidros sobre total de material recuperado. Foi possível concluir que a coleta seletiva no país aumentou (conforme o comportamento positivo de 06 indicadores), mas de forma não significativa, ou seja, sem o ritmo necessário. Provavelmente, muitos fatores contribuíram para esse quadro: a baixa adesão da população, falta de campanhas publicitárias e a falta de recursos financeiros por parte das prefeituras, significando que grandes volumes de recicláveis ainda estão sendo desperdiçados e lançados em lixões e aterros sanitários.