O leite é um dos alimentos mais completos da natureza em razão de seus constituintes nutricionais, tornando-se suscetível à contaminação por microrganismos patogênicos. O estudo objetivou avaliar os parâmetros físico-químicos acidez, densidade, lipídios, proteínas, pH e microbiológicos através da contagem padrão em placas do leite cru informal envasado em garrafas-PET comercializado e consumido em quatro bairros distintos de um município localizado na região norte do Brasil. As amostras foram armazenadas em caixa térmicas contendo gelo e transportadas para os Laboratórios de Microbiologia e Análises de Alimentos do Instituto Federal do Tocantins – IFTO campus Paraíso do Tocantins, para realização das análises físico-químicas e microbiológicas. As amostras foram codificadas em: A, B, C e D. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado (DIC) com quatro (4) tratamentos e dez (10) repetições. A fim de verificar ocorrências de diferença entre as médias das variáveis respostas aplicou-se a analise de variância ANOVA e o teste de Tukey ao nível de 5% de significância. Análise de Componentes Principais (ACP), Técnica de análise multivariada, foi utilizada e analisou os dados nos quais os tratamentos estão relacionados por variáveis de resposta inter-relacionadas, agrupando as variáveis físico-químicas similares. A avaliação físico-química da acidez do leite apresentou valores médios (0,19g ácido láctico/100 mL) em desconformidade com os valores preconizado na IN nº76/2018 do MAPA. Já a análise microbiológica apresentou valores (3,3x105 a 3,5x105 UFC/mL) acima dos estabelecidos pela legislação, indicando que o leite foi obtido e comercializado em condições higiênico-sanitárias impróprias. Sugere-se maior atenção dos órgãos de fiscalização, a fim de impedir a compra pelos consumidores e possível contaminação alimentar, além de, campanhas de esclarecimentos sobre os riscos e possíveis problemas de saúde advindos do consumo de leite informal não pasteurizado.