“…O progresso é um vetor que converte a experiência cotidiana da simultaneidade do nãosimultâneo, tornando-o um axioma elementar no século XIX. das críticas ao próprio conceito de história travestido de historicismo(NIETZSCHE, 2005) e como política do tempo e ideologia colonial(CHAKRABARTY, 2008), ou, mais recentemente, como regime de historicidade presentista ou atualista, "dimensão temporal" que, segundo Valdei Araujo e Mateus Pereira, "emerge nessas sociedades aprisionadas pelas estruturas da expansão infinita" (ARAUJO;PEREIRA, 2019, p. 13-14).O dossiê também repercute debates importantes no que diz respeito à virada éticopolítica contemporânea no âmbito dos estudos em teoria da história e história da historiografia(RANGEL, 2019a; ARAUJO, 2015). Especialmente por trazer intervenções que tematizam as complexas e tensas relações entre história e memória (ALBUQUERQUE JÚNIOR, 2012), que revisam o caráter normativo do tempo histórico moderno, especialmente a suposta dimensão de irreversibilidade do passado e de suas violências.…”