ResumoProcura-se neste texto destacar a relevância da teorização curricular para pensar os processos de formação docente e os sentidos em disputa, considerando estudos realizados em nossos grupos de pesquisa. O trabalho põe em relevo uma aposta coletiva nos processos de escape, frente às políticas regulatórias que, a despeito das diferenças, cada vez mais centralizam a questão do currículo a partir de uma cultura da testagem, a qual tem subsumido educação a ensino (aprendizagem). Defende-se, diferentemente, o currículo como significação, perspectiva esta que ampara distintos processos formativos, os quais buscam valorizar "o chão da escola" em uma dinâmica ativa na qual a política se constitui. Nesse sentido, discorda que a qualidade da educação passe necessariamente pela centralização curricular, tampouco de que se trata de uma questão de garantia. As políticas curriculares -que em sua complexidade têm sido analisadas por nós -em um cenário de reformas educacionais, hibridizam disputas que buscam silenciar a ação docente e colonizar as práticas, bem como sugerem também mudanças provocadas pelos distintos governos, as quais têm ocupado a tônica das discussões nos grupos. A argumentação sugere que os sentidos não são os mesmos, distintos são os contextos e as interpretações, o que interpela a seguir analisando a política de uma maneira não estadocêntrica. Nesse sentido, o escape sempre é possível, ainda que as condições não favoreçam. Palavras-chave: Currículo, Formação docente, Cultura e educação.
AbstractThe aim of this text is to highlight the relevance of curricular theorization when thinking about teacher training processes and the meanings in dispute, considering studies carried out in our research groups. The work highlights a collective bet in the processes of escape, in the face of regulatory policies that, despite differences, increasingly center the issue of the curriculum from a culture of testing, which has subsumed education to teaching (learning). It argues for the curriculum as a meaning, a perspective that supports different formative processes, which seek to value "the school floor" in an active dynamic in which politics is constituted. In this sense, it disagrees that the quality of education necessarily passes through curricular centralization, nor that it is a matter of guarantee. Curricular