Aspectos epidemiológicos da malária na Amazônia Legal, Brasil, 2000 a 2013

Abstract

Roraima foram os que apresentaram maior registro de casos notificados. CONCLUSÃO: Nesse período de análise observou-se a malária como doença endêmica da Região Amazônica e bastante heterogênea devido às diferentes formas de ocupação e fluxo populacional.

Malaria in the Legal Amazon: a retrospective study of reported cases

“…Os anos iniciais do estudo (Tabela 1, Figura De um modo mais amplo, o próprio relatório mundial de malária apresenta uma tendência de crescimento nos números de casos no globo e em uma visão mais restrita, em uma reportagem da BBC Brasil, especialistas elencam como possíveis fatores determinantes ao maior registro no Brasil: perda de importância da malária por parte do poder público que levou a fusão do departamento de malária ao de Dengue, Zika e Chikungunya, em 2016. Devido a isso, após anos de queda no número de casos, o governo redirecionou esforços a outras áreas com epidemias urbanas sazonais de Dengue, Zika e Chikungunya que mobilizaram a opinião pública e mudaram o foco, ocasionando a perda de investimentos de combate à Malária e menor empenho de recursos e força de trabalho que fragilizaram as medidas de controle (ROSSI, 2018;VASCONCELOS et al, 2020).…”

“…Neste cenário, estudos ecoepidemiológicos atuam na instrumentação de medidas de combate, controle e auxiliam a tomada de decisão, sendo, por isso, considerados como ferramentas importantes no processo de eliminação da doença e seus produtos amplamente utilizados em políticas públicas (WOLFARTH et al, 2012). Portanto, pesquisas que visem esclarecer a dinâmica da doença, suas diferenças em níveis espaciais, fatores determinantes e ecoepidemiológicos, são indispensáveis para a elucidação dos fatores causais e erradicação da malária (SITOE, 2015).…”

Caracterização epidemiológica do surto de malária na região do garimpo Areinha, Alto Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais, Brasil

“…Os casos de malária em geral estão relacionados às atividades econômicas, que expõem a população as áreas de infeção. Em atividades rurais, como na pesca, na agricultura e também na exploração mineral, a população é mais exposta a doença (Vasconcelos et al, 2020). Nesse contexto, Catraio et al (2011) reforçam a relação entre a atividade exercida pelo indivíduo e o risco de contaminação, no contexto da determinação social da malária.…”

“…A recomendação é iniciar o tratamento tão logo os sinais e sintomas da doença se manifestem e o diagnóstico seja confirmado. Para que seja realizado de forma eficiente são necessárias as seguintes informações: gravidade, espécie de plasmódio, idade do paciente, histórico de infecção malárica anterior e susceptibilidade do parasito aos antimaláricos convencionais (Vasconcelos et al, 2020).…”

Malária na região amazônica: análise dos indicadores epidemiológicos essenciais ao controle

“…Segundo dados do Sivep-Malária (2019) no período de 2010 a 2019 foram notificados 1.978.419 e 7.410 casos de Malária na Região Amazônica e extra-Amazônica respectivamente. Na região extra-amazônica, ou seja, nos demais estados brasileiros juntamente com o Distrito Federal mais de 80% dos casos notificados são decorrentes da importação de regiões e países endêmicos como, por exemplo, os do continente africano (Vasconcelos et al, 2020). Research, Society and Development, v. 9, n. 10, e9279109283, 2020 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i10.9283 Porém, apesar de todos os avanços no conhecimento a respeito da doença malária, atualmente, ainda configura-se como sendo uma das doenças infeciosas que mais matam no mundo todo representando um impacto tanto de saúde como de subsistência das pessoas, uma vez que se faz presente, principalmente, nas populações mais pobres com dificuldade de acesso aos serviços de saúde e que detém precárias condições de trabalho e habitação.…”