Associação entre a exposição a desreguladores endócrinos e desenvolvimento de doença hepática gordurosa não alcóolica

Abstract

Estudos têm revelado a relação entre a exposição a compostos ambientais e o desenvolvimento de danos hepáticos. Objetivo: identificar evidências de associação entre a exposição humana aos desreguladores endócrinos e a ocorrência de desenvolvimento de doença hepática gordurosa não alcoólica. Método: revisão integrativa de literatura, as buscas foram realizadas nas bases de dados eletrônicas Cochrane, PubMed, LILACS, e Science Direct. Foram incluídos estudos primários em humanos, que abordaram o desfecho de interesse, sem restrição temporal, publicados em inglês, português ou espanhol. Resultados: de 209 artigos identificados, 12 foram selecionados, todos em língua inglesa, sendo 50% estudos transversais, 33% de coorte e 16% de casos-controle. A mensuração da exposição aos desreguladores endócrinos ocorreu por meio da análise de amostras de urina, sangue ou solo. A exposição ao Bisfenol A e Trialometanos foi associada à ocorrência de acúmulo de gordura hepática, especialmente em indivíduos obesos, do sexo masculino e de origem hispânica. Conclusão: os achados desta revisão evidenciam a associação entre exposição a desreguladores endócrinos e a ocorrência de danos hepáticos, indicando a necessidade do desenvolvimento de estratégias para evitar a exposição sobretudo em pacientes de maior risco.

Doença hepática gordurosa não alcóolica em mulheres pós-menopausa

“…Ele age no metabolismo dos carboidratos, lipídios, proteínas, ativação/inativação de medicamentos, produção e liberação de hormônios, tendo um papel central na metabolização de lipídios por atuar como sistema tampão por meio de dois mecanismos: a lipogênese e a lipólise. O primeiro atua na presença de insulina juntamente com o excesso de glicose circulante pelos hepatócitos, enquanto o segundo age por estímulo do glucagon, com o objetivo de manter a homeostase lipídica (FÉLIX et al, 2020). Devido às inúmeras funções exercidas, o fígado torna-se susceptível aos fatores ambientais, aos hábitos alimentares e a ingestão de fármacos (BARBOSA et al, 2019).…”