RESUMOIntrodução: A morfologia do ventrículo esquerdo altera-se com o crescimento e desenvolvimento, durante a infância e adolescência. Contudo, são escassos os estudos comparativos entre não atletas e jovens atletas de elite. Objetivo: Analisar possíveis diferenças na morfologia do ventrículo esquerdo entre jovens atletas de elite e não atletas, do sexo masculino. Métodos: Trinta atletas de elite (15,4±0,6 anos; 68,0±11,3 kg; 175,2±7,5 cm) e 28 adolescentes saudáveis sem experiência com a prática esportiva (15,2±1,3 anos; 62,9± 3,8 kg; 168,8±7,7 cm) foram submetidos a medidas antropométricas (estatura, massa corporal e espessura de dobras cutâneas) e avaliações ecocardiográficas. Resultados: Diferenças estatisticamente significantes foram encontradas nos diâmetros telediastólico e telesistólico do ventrículo esquerdo, na espessura do septo interventricular em diástole, na espessura da parede posterior do ventrículo esquerdo, no diâmetro do átrio esquerdo e na relação entre o diâmetro do átrio esquerdo e o diâmetro da raiz da aorta, com os jovens atletas de elite apresentando valores superiores aos não atletas (P<0,01), mesmo após ajuste pela estatura. Correlações positivas e de moderada magnitude entre a massa do ventrículo esquerdo e a estatura foram encontradas em atletas (r=0,57) e não atletas (r=0,40). Conclusão: Os resultados do presente estudo sugerem que os valores superiores nas medidas da cavidade e de espessura da parede ventricular esquerda, encontrados no coração de jovens atletas de elite não podem ser explicados pela maior estatura, destacando a importância da exploração de modelos alométricos simples e multiplicativos que integrem medidas de maturação biológica em futuras investigações.
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