Atualmente, as avaliações em larga escala constituem-se em uma das ações mais efetivas na definição dos rumos da educação no Brasil. Mas, qual o cenário histórico de surgimento das avaliações em larga escala e quais as implicações de tal cenário para o fortalecimento dessas avaliações? Como tal ação chegou a consubstanciar-se em diretriz política na atualidade? A partir de uma pesquisa bibliográfica pautada por metodologia analítico-reconstrutiva, o texto assume que as avaliações em larga escala brotam como fenômenos datados e históricos especialmente a partir dos anos 1980. Neste sentido, objetiva discutir circunstancial e historicamente os anos 1980 como cenário de preparação para as reformas dos anos 1990 que incluíram também o surgimento das avaliações em larga escala, tangenciando dois posicionamentos: a) as avaliações em larga escala como agenda internacional que materializaram, no campo das políticas educacionais, uma tendência ideológica referenciada e fortalecida na instalação e ampliação do Estado avaliador, e b) as avaliações em larga escala como uma contingência da realidade educacional vigente. Como conclusão, assume-se que o contexto histórico dos anos 1980 representou, por um lado, a sustentação ideológica para as avaliações referidas e, por outro lado, promoveu a justificativa social para os emergentes mecanismos de avaliação em larga escala.