A eficácia de um mapa pode ser entendida como uma medida de quão bem a transferência da informação é facilitada pelo mapa, e a capacidade dos usuários para utilizarem os mapas depende da qualidade do seu projeto. Além da adequação da linguagem, que é algo pertinente a todo e qualquer mapa, em função do usuário final ao qual ele se destina, são importantes pesquisas que proponham metodologias que abordem a aplicação dos conhecimentos já desenvolvidos nas áreas de comunicação, percepção e cognição visual, adequando-os às especificidades da cartografia, pois devem fornecer diretrizes para prováveis soluções de problemas de projeto cartográfico. Mas para tanto se faz necessário que o cartógrafo conheça estas teorias para que possa aplicá-las em seus produtos cartográficos. A presente pesquisa objetivou investigar como são apresentados os mapas turísticos, se os mesmos são concebidos levando em consideração os conceitos relacionados às leis da Gestalt e da comunicação visual. No total, foram avaliados 50 mapas brasileiros e do exterior, e as características consideradas para a análise foram: poluição visual, associações subjetivas tamanho dos símbolos pictóricos empregados, emprego das cores no projeto cartográfico e o projeto dos símbolos. Dos mapas analisados, o que se pôde observar foi que os mapas estrangeiros possuem um número maior de problemas perceptivos, e o principal problema se refere à poluição visual, com mapas apresentando um número elevado de informações e a utilização inapropriada de tons para a representação do fundo e dos arruamentos.