Contradições e Hierarquias nas Ideologias Linguísticas do Conselho Nacional de Imigração

Avanços E Limitações Nas Políticas Linguísticas Educacionais De Línguas Adicionais Para Crianças

“…Caracterizada por supostas demarcações claras entre as línguas nomeadas e suas respectivas vinculações territoriais (Gal, 2006), pela assunção da homogeneidade linguística (Blackledge, 2000), bem como pela adoção de línguas oficiais (Pinto, 2014), a ideologia monolíngue tradicionalmente orienta as PLE, ignorando o fato de que 70% da população mundial é multilíngue (Severo, 2020). Especificamente no caso do Brasil, as mais de 250 línguas faladas 3 identificadas pelo Inventário Nacional da Diversidade Linguística (INDL) tendem a ser apagadas dos currículos escolares e das variadas práticas sociais.…”

aprisionamento à liberdade

“…Utilizo como substância para sustentar as análises os conceitos de ideologias linguísticas, (BLOMMAERT, 2014;IRVINE;GAL, 2000;KROSKRITY, 2004;LOPES et al, 2018;WOOLARD, 2012) e performatividade linguística e de gênero (BORBA, 2014;BORBA;LOPES, 2018;LOPES;FABRÍCIO, 2018;PINTO, 2018;2011;2007;BUTLER, 2017;2018). Ao longo desse estudo, não tenho como desejo apresentar definições e padrões conceituais sobre a relação entre o corpo queer e a língua, mas simplesmente construir uma narrativa que seja sensível às possibilidades de existências múltiplas do ser.…”

“…Ideia essa propagada por ideologias linguísticas dominantes que defendem que as línguas representam o seu contexto. Assim, o grupo significou de maneira singular e ao mesmo tempo representativa de uma coletividade aquilo que antes era considerado como discurso de ódio para manifestarem a existência do grupo LGBTQIA+.Não que os referenciais não façam parte da constituição das performances do grupo, pois entendo que, a partir de referências de língua e gênero, xs artistas construíram as apresentações e problematizaram os padrões, como apontaButler (2017;2018). Mas o que torna tal movimento relevante e importante é justamente evidenciar a fragilidade dos padrões e essencialismos, linguísticos e de normatização de gênero, que fazem parte da nossa sociedade.Entendo, também, que, ao estabelecer representatividade e se autodeterminar, por meio de suas performances, o grupo acaba estabelecendo fronteiras que automaticamente excluem outras possibilidades.…”

The movements of the raciolinguistic perspective in the Latin American South

“…In this debate, the raciolinguistic perspective finds fertile ground in sociolinguistics and social sciences, which have been considering prejudice against Brazilian Portuguese—or pretoguês , as Lélia Gónzalez calls it—as an expression of Brazilian racism, and the literacies of re‐existence (Souza, 2011) in their practices of subversion of coloniality. When investigating the relationship between language and race, Pinto (2018) and Batista (2021) raised the following questions: How have language ideologies intersected with marks of difference? How do figurations about speech, thought, and languages work as projections and regulations for speaking bodies in the contemporary world, considering modern/colonial history?…”

“…These questions are also anchored in a discussion of language politics and coloniality. As Pinto (2018) explained, “such ideologies in Brazil are extremely connected to racist ideologies,” as “the ‘linguistic performance’ is less related to cognitive aspects than to ideological issues” (p. 709, my translation).…”