Introdução: as fraturas do estiloide radial desviadas podem ser manejadas cirurgicamente por diversas técnicas de osteossíntese já descritas. O objetivo deste estudo biomecânico foi comparar duas técnicas de fixação utilizadas no tratamento das fraturas do estiloide radial, uma delas com dois fios de Kirschner convergentes, a outra com parafuso cortical e arruela. Métodos: foram criados 10 modelos de extremidade distal do rádio reproduzindo a fratura do estiloide radial, tipo AO/OTA 2R3 B1.1, por meio de impressora 3D e dimensões idênticas às do modelo Sawbones® 3047 utilizado em ensaios biomecânicos prévios. Os modelos foram divididos em 2 grupos contendo de 5 unidades cada. Um dos grupos foi fixado com 2 fios de Kirschner 1,5 mm convergentes, o outro grupo com um parafuso cortical 3,5 mm e arruela. As variáveis comparadas foram força máxima, deflexão e rigidez durante os ensaios mecânicos de compressão axial. Resultados: observou-se que força máxima, deflexão e energia são, em média, maiores nos corpos de prova fixados com fio de Kirschner do que nos corpos de prova com um parafuso e arruela (Teste t de Student, p<0,05). Por sua vez, a rigidez foi maior na avaliação dos corpos de prova fixados com um parafuso e arruela do que com fio de Kirschner (Teste t de Student, p<0,05). Conclusão: ambas as técnicas permitem a mobilização precoce, com rigidez adicional com o uso de parafuso compressivo.