“…Visto a análise voltada para o aparelho em questão, faz-se necessário destacar que em um panorama amplo de causas possíveis da mortalidade infantil, doenças do aparelho respiratório encontram-se em 4º lugar na região Nordeste (BRITO, 2021), um dos locais com maior incidência no país, segundo à verificação acima.Os resultados do atual estudo refletem um maior coeficiente de mortalidade nos estados do Acre, Amazonas e Amapá, apesar de o percentual geral ser mais elevado em São Paulo e Rio de Janeiro, o que pode estar relacionado à abundante população nesses estados do Sudeste em comparação com os do Norte. Ademais, sabe-se que a mortalidade infantil pode ser influenciada, dentre diversos aspectos, pelo nível de desenvolvimento econômico, sistema de saúde em vigência, nível de escolaridade materna, acesso a saneamento básico e água potável(TEJADA, 2019). De modo que a ordem da mortalidade infantil apresentada encontra-se em sequência inversamente proporcional aos níveis do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) -índice que avalia condições de desenvolvimento em educação, economia e saúde -dos estados em questão, em conformidade com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sugerindo esses níveis mais baixos de desenvolvimento como uma consistente causa para a mortalidade na região Norte.Com o intuito de minimizar as desigualdades regionais a fim de interferir positivamente na mortalidade infantil, foi desenvolvido, em 2009, o Programa "Compromisso Mais Nordeste e Mais Amazônia Legal pela Cidadania", possuindo como meta diminuir 5% ao ano as taxas de mortalidade neonatal e infantil em 256 municípios prioritários (BRASIL, 2018).A constatação de que há um movimento de redução nos óbitos infantis por causas respiratórias ao longo dos anos, é compatível com os dados encontrados em demais estudos(MALTA, 2019; BRITO, 2021), os quais englobam as mais variadas causas de mortalidade infantil, crianças em idades um pouco mais avançadas e em períodos de tempo variados, indicando uma tendência geral de redução das mortes nesse grupo por todo século XXI.…”