RESUMONeste artigo, pretendemos apresentar não só algumas reflexões teóricas sobre formação de professores de línguas, bem como algumas referências relacionadas aos gêneros emergentes, blog e equitexto, que se apresentam como uma contribuição para promover (re)significação de crenças, valores e condutas de professores, em processo de formação continuada.
INTRODUÇÃOSegundo Toffler (1995), a sociedade, de modo geral, vem passando por diferentes ondas, tais como a agrícola, a industrial e a do conhecimento e, em cada uma delas, tem exigido transformações radicais que implicam a mudança de culturas, de hábitos na vida do homem. Na era do conhecimento em que estamos vivendo, as tecnologias de informação e comunicação (TIC) vêm forçando mudanças. Não cabe mais, ao professor de línguas, o papel de ensinar o aluno apenas a decodificar sinais lingüísticos para identificar dados, informações antecipadamente previstas pelo professor, ou apenas ditar regras normativas de uso da língua, por exemplo, usando como únicos recursos o quadro e o giz, porque as suas funções se modificaram diante das mudanças sociais, uma vez que hoje as máquinas passam informações em maior quantidade, mais atualizadas e com uma velocidade surpreendente. Entretanto, o que as TIC não conseguem fazer é transformar os hábitos, as crenças dos homens com a mesma rapidez com que transmitem informações. Compete, então, às instituições educacionais e aos professores assumir essa função. Macedo (1999, p. ix), ao elaborar o prefácio do livro "Ensinar: agir na emergência, decidir na incerteza" de Perrenoud (2001), menciona que "(...) hoje ensinar é agir na emergência e decidir na incerteza, ensinar como resultante disso é igualmente agir com competência". No nosso entendimento, saber agir com competência significa ativar crenças e desejos, tomar decisões e selecionar tanto métodos quanto recursos, bem