2015
DOI: 10.12957/dep.2015.18009
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

Dez anos de racionalização da gestão judicial no Brasil: efeitos e perspectivas / Ten years of rationalization of judicial management in Brazil: effects and perspectives

Abstract: ResumoO artigo analisa as reformas do Judiciário brasileiro de 2005 a 2014, atualizando trabalho realizado em 2010. As reformas, voltadas à racionalização da gestão, por meio de medidas simplificadoras dos processos judiciais e de novos instrumentos gerenciais para o acompanhamento dos processos e da atividade dos juízes, parecem bem--sucedidas. Exploram--se as perspectivas dessas reformas, considerando seus efeitos e seus limites, do ponto de vista da efetividade dos direitos e da democratização do Judiciário… Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
1

Citation Types

0
0
0
1

Publication Types

Select...
1

Relationship

0
1

Authors

Journals

citations
Cited by 1 publication
(1 citation statement)
references
References 0 publications
0
0
0
1
Order By: Relevance
“…Já o segundo aspecto é o papel político dos especialistas em direito processual nas reformas da justiça, que sob um viés sociológico consistiriam em uma elite intelectual -com destaque para a denominada "Escola Processual Paulista"que mobiliza recursos de poder simbólico (capitais políticos, acadêmicos e profissionais) para ter acesso privilegiado nos processos políticos de reforma do sistema de justiça pela via processual e utilizar esse acesso estrategicamente, às custas da própria autonomia acadêmica, em suas relações com outras posições de poder do campo jurídico, principalmente dos profissionais que ocupam as carreiras jurídicas de Estado, a grande advocacia e os tribunais de cúpula do Judiciário. Nesse mesmo horizonte, Koerner, Inatomi e Barreira (2015) apontam que as reformas foram conduzidas por uma coalizão formada ao longo da década de noventa pelas cúpulas dos tribunais e apoiada por juristas de elite, altos funcionários e políticos de vários partidos. Essa coalização teria permitido superar uma posição mais defensiva do Poder Judiciário, mas afastou-o de outros caminhos que intentavam democratizá-lo.…”
Section: Projeto Florençaunclassified
“…Já o segundo aspecto é o papel político dos especialistas em direito processual nas reformas da justiça, que sob um viés sociológico consistiriam em uma elite intelectual -com destaque para a denominada "Escola Processual Paulista"que mobiliza recursos de poder simbólico (capitais políticos, acadêmicos e profissionais) para ter acesso privilegiado nos processos políticos de reforma do sistema de justiça pela via processual e utilizar esse acesso estrategicamente, às custas da própria autonomia acadêmica, em suas relações com outras posições de poder do campo jurídico, principalmente dos profissionais que ocupam as carreiras jurídicas de Estado, a grande advocacia e os tribunais de cúpula do Judiciário. Nesse mesmo horizonte, Koerner, Inatomi e Barreira (2015) apontam que as reformas foram conduzidas por uma coalizão formada ao longo da década de noventa pelas cúpulas dos tribunais e apoiada por juristas de elite, altos funcionários e políticos de vários partidos. Essa coalização teria permitido superar uma posição mais defensiva do Poder Judiciário, mas afastou-o de outros caminhos que intentavam democratizá-lo.…”
Section: Projeto Florençaunclassified